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O Papa disse...

O Papa disse...
Simone Belkis
out. 12 - 4 min de leitura
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Ouvi um dia desses uma pequena parte de um discurso do Papa Francisco, e me senti respaldada em minhas crenças. Eu explico. Tenho observado pessoas e percebido o quanto estamos perdidos em nossos próprios problemas, deixando de olhar sinceramente para o outro como deve ser. Não estou, nesse momento, classificando ninguém de egoísta, mas apenas percebendo que as pessoas precisam (e me incluo nisso) olhar o outro mais atentamente.

O que o Papa disse? Você deve estar perguntando. Ele disse que somente unidos, seja em que setor for, sairemos dessa crise. Que somente quando ajudarmos uns aos outros, venceremos tudo aquilo que nos aprisiona. E é exatamente isso que acredito, embora tenha sido criticada por algumas pessoas por pensar assim.

Aí você pode dizer: - Mas, quem criticaria alguém que sugere que se ajude uns aos outros? Bem, todos aqueles que não se sentem preparados para abrir mão de suas regalias. Somos todos egoístas. Sem exceção, pois que ter ego faz parte, embora ele seja encarado (inconscientemente) como o todo, no "melhor"estilo meu mundo, minhas regras. As pessoas pensam que ajudar o outro é tirar de si mesmo, e acabam restringindo seu "ajudar" a migalhas. E não percebem que o caminho da verdadeira ajuda é outro.

No meu entendimento (e sempre friso que só falo das minhas próprias ideias), o que falta ao ser humano é olhar sua sombra e compreender que nada há de errado em ser imperfeito, em querer o que se quer para si, em lutar por seus interesses, desde que lembre que outras pessoas (e outros seres vivos) têm esses mesmos direitos.

É muito fácil olharmos o mundo pela tela do computador e tomar partido de x ou y, sem arregaçar as mangas e simplesmente dizer que não temos tempo para ajudar o outro. Até porque, se cada um de nós assumisse seus próprios deveres e não ficássemos apenas reivindicando direitos, não seria necessário abrir mão de nada em prol do outro, porque a divisão seria justa.

Talvez seja preciso abrir parênteses aqui para explicar melhor o que entendo por ajudar o outro. Eu começaria pelo não julgar, pois que se formos honestos o suficiente conosco, vamos admitir que faríamos o mesmo ou até pior no lugar do outro. Outro passo seria amadurecer o suficiente, tornando-nos adultos funcionais, que não precisam brigar e nem tirar o que é do outro, porque sabemos a diferença entre necessidade e desejo.

Prosseguindo, outra coisa importante é respeitar as diferenças, aceitando que só o nosso medo e a nossa ignorância criam o preconceito. E ainda uma coisa, a mais importante, começar a pensar com a própria cabeça, parando de comprar ideias prontas vindas de religiões, filosofias, ideais políticos distorcidos e convenientes.

Eu acredito que só se muda de dentro para fora. E não existirá no mundo um ser consciente que não cresça dessa maneira. As pessoas têm olhado a vida como uma grande massa pesada e difícil de ser manejada, simplesmente porque espera que o mundo mude a seu favor, sem perceber que isso não é possível. E não é possível porque fazemos parte de um todo, que é muito maior que nossos anseios egoístas, pequenos e até mesquinhos.

Precisamos compreender que não nascemos como indivíduos à toa e nem apenas para ver cumpridas as novas vontades, mas que cada ser humano é uma peça fundamental nesse imenso Universo e que ele jamais seria o mesmo sem cada um de nós, com nossos talentos, capacidades e, principalmente, nossa capacidade de amar.

Isso foi o que o Papa disse...


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