Assistindo a live de hoje da Mestra Olinda Guedes fui por ela convocada a listar aqui vinte atitudes que eu perdoaria do meu cônjuge.
Desde que comecei a trilhar esse caminho Olinda Guedes de ser, fui desafiada por ela a fazer muitas tarefas difíceis, mas essa superou todas até aqui.
Consegui listar com muita, mas muita dificuldade somente doze situações em que eu liberaria o perdão para meu marido e aprendi na carne o quanto é difícil perdoar pra valer. Mesmo escrevendo essas que escrevi, penso que escrever é mais fácil do que realmente fazer. E olhe que ele tem um lugar especial no meu coração!
Se a Mestra tivesse me pedido para listar motivos pelos quais eu não perdoaria meu companheiro, eu já teria uma lista muito maior.
É, vivendo e aprendendo.
Ontem aprendi com a mestra, luz no meu caminho, que a falta de libido, de desejo de fazer amor, pode ser uma forma de punir o cônjuge. E eu que pensava que era normal chegar na minha idade e não se interessar mais por essa forma de prazer.
Mas a mestra não me deixará viver por aí cega, inconsciente, feito uma zumbi. E ela ensina:
"É normal porque acontece sempre, mas não é sinônimo de certo, de bom, de saudável. A gente tem que se perguntar: Isso é bom? Isso fortalece a minha vida? É favorável para mim? Me faz feliz?" Achar essas respostas, fazendo um tratamento adequado, discutindo com respeito as questões com o parceiro(a) leva a paz e prazer nas relações conjugais e não permite o avolumar dos sofrimentos solitários, sem que o outro perceba o que está realmente acontecendo.
Mas, há que se ter essa troca com equilíbrio, sem ser vítima, senil. E ser senil não tem nada a ver com idade cronológica. Há crianças senis.
Ser um cônjuge chato, que reclama o tempo todo, também é sinal de senilidade e precisa ser tratado. Eu fui uma criança e uma jovem senil. Eu fui uma jovem senhora chata e reclamona. Ainda sou um pouco, mas, depois de idosa, já me dou o direito de rir disso em mim e melhorar.
Requerer do outro algo que não conseguimos fazer, como por exemplo perdoar alguma atitude, mas não esquecer de verdade o que ele nos fez, buscando sempre uma forma de jogar na cara do perdoado o quanto se foi generoso(a) ao fazê-lo, é desrespeitá-lo e desonrá-lo.
Perdoar o outro de verdade no meu coração significa amorosidade, empatia e compaixão.
Mesmo que se esteja vivendo pessoalmente essas situações, a falta de desejo sexual pelo parceiro(a) pode ser sinal de que se está repetindo um padrão de comportamento do sistema familiar, onde as mulheres da família precisem rever suas atitudes em relação às figuras masculinas.
Talvez alguma delas ou todas tenham sofrido violências sexuais por parte de homens, falta de validação como mulher da parte das figuras masculinas, e hoje a pessoa pode estar "devolvendo na mesma moeda", mas para com o seu cônjuge, que nada tem a ver com isso.
E se o outro conjugue também deixou de ter libido, dizendo que é assim mesmo, que é, por exemplo, porque é um homem diabético, que isso acontece a todos os homens diabéticos, que as coisas são assim, mesmo que lhe seja explicado que não é bem assim, que tem tratamento, etc, podemos levantar a hipótese de que se trata de lealdade dele para com o seu sistema e achamos aqui a tampa e a panela: Um e outro precisavam de alguém exatamente assim para que pudessem cumprir suas tarefas para com os órfãos e órfãs de seus sistemas.
Penso que devido a essas afinidades, ao sermos dois seres cumprindo suas lealdades para com seus sistemas, que tenho tanta dificuldade de achar situações em que eu perdoaria meu marido. Já liberei todos os perdões. Será? Mas que mulher boazinha eu sou!
Eu perdoaria, se:
- Ele me contasse que não me ama mais, que ama outra pessoa e;
- Quisesse se separar de mim por isso ou outro motivo, por não estar feliz comigo;
- Esquecer meu aniversário - nunca se lembra;
- Dissesse que tem filhos com outras mulheres;
- Gastasse o dinheiro que temos para pagar contas com outras coisas e não me avisasse antes;
- Brigasse comigo por algo, mas me explicasse porque e me permitisse dialogar;
- Falasse mais áspero comigo uma vez, mas quando eu reclamasse, pedisse desculpas;
- Não quisesse visitar meu irmão e dissesse por que;
- Me dissesse que quer ficar distante de mim, sozinho uns dias, para pensar e me dissesse qual a angústia que o aflige;
- Quisesse ficar quieto, sem falar, sem me contar sobre o que sente;
- Caso não queira mais saber sobre o que estou aprendendo com o Saber Sistêmico;
- Não reconhecesse o meu cuidado com as coisas dele.
