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O perfil emocional nas redes sociais

O perfil emocional nas redes sociais
Simone Belkis
out. 30 - 3 min de leitura
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 Já contei a vocês que sou uma assídua frequentadora do Facebook. Tem sido o melhor jeito de estar com os amigos em tempos pandemoníacos (brincadeirinha). Mas também é um excelente laboratório de observação. Hoje, quero falar sobre isso.

Quando somos pessoas perceptivas e receptivas, conseguimos captar as intenções de outros até mesmo a distância. E isso, porque temos sensibilidade, mas também porque o ser humano tende a ser repetitivo, infelizmente.

Mas, vamos ao que interessa. Somos bilhões de pessoas únicas e exclusivas, feitas das mais diferentes "tramas", ninguém é igual a ninguém. E vale lembrar, na minha opinião, isso é o mais fantástico no ser vivo. Nunca igual.

O grande problema é que ser autêntico exige certas posturas e compromissos que, às vezes, são pesados e exigem muita força. E nem sempre a teremos. Então, vamos buscando formas de nos adaptar e acabamos moldados por maneiras simplistas e "fáceis" de acomodar. Coloquei o fáceis entre aspas porque também não é fácil (ou é o mais difícil) abrir mão de quem se é, o custo é muito alto.

Tenho observado no Facebook um verdadeiro derramamento de emoções explosivas, competitivas, agressivas, mas também amorosas, conscientes, realistas. Enfim, e claro, tem de tudo. E quero deixar registrado que tenho colocado muito das minhas emoções nos meus posts também . Portanto, isso não é uma crítica, não sou hipócrita para tanto. Apenas, observo-nos.

O que quero dizer é que por trás de todo o tipo de postagem (ou quase todo), podemos perceber o cunho emocional que se carrega, mesmo quando se pretende passar uma ideia diferente. E aí, talvez esteja o mau disso tudo. Porque precisamos disfarçar o que sentimos, porque não expomos logo aquilo que nos tortura?

Fiquemos tranquilos, não estou sugerindo que passemos a fazê-lo no Facebook ou qualquer outra rede social, pois que não seria nem solução e nem "adequado". É só uma reflexão, uma observação de que nossa essência sempre se manifestará, até mesmo em uma simples curtida.

O que eu gostaria de sugerir, e fica apenas no gostaria, porque sei que cada um "sabe a dor e a delícia de ser o que é" (Caetano Veloso), é procurar formas de curar suas próprias feridas e não precisa ser sozinho. Ouvi dizer que a busca por ajuda profissional  nessa área tem aumentado muito e aplaudo isso, mesmo que seja por desespero, precisamos começar por algum lado a tomar conta de nossa dor.

Eu acredito que está na hora de reivindicarmos nosso direito de ser aquilo que somos, negar-nos só tem trazido dor em forma de problemas sociais, culturais, econômicos, a lista é longa. A cura interna é a resposta para todo o externo apodrecido que temos criado. E sim, todos nós temos criado o mal que nos assombra. Seja por negação, exploração ou qualquer outro tipo de ação que nos desempodere.

É preciso voltar às origens, ao amor, à comunidade, a sermos irmãos. Talvez, alguém pense que estou derramando minhas emoções frustradas nesse artigo. Que assim seja, porque não perdi a esperança de ver a luta nessa vida pela causa certa, nossa verdadeira identidade, a essência divina.


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