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O PLANTIO É LIVRE, A COLHEITA OBRIGATÓRIA

O PLANTIO É LIVRE, A COLHEITA OBRIGATÓRIA
Simone Belkis
abr. 28 - 5 min de leitura
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Eu ia dar a esse artigo o título "Aqui se faz, aqui se paga", mas isso sempre me soou um pouco pesado. Então, para soar um pouco mais leve, mas com a mesma "pegada", mudei o título. Mas, não o objetivo de escrever sobre o tema. Voilá!!

Em um dos artigos que já foram postados, eu falei sobre o Karma ou Lei do Retorno*. E é sobre isso que vou falar novamente, só que de uma outra perspectiva, bem mais pessoal.

Como alguns de meus leitores já sabem, eu fui acometida por um transtorno de ansiedade, com o qual venho lidando a muito tempo. E foi preciso muita pesquisa e vivência para compreender, não apenas como lidar com ele, mas também aprender sobre mim mesma.

O que era eu e o que era consequência do transtorno.

Bem, eu quis dizer com esse título que tudo aquilo que sai de nós, a nós retorna de um jeito ou de outro. E acredito que nossos Karmas pessoais cobram sua conta aqui mesmo. Sabemos já, que muitas das nossas "mazelas" são lealdades ancestrais, mas também sabemos que muitas outras são consequência do mau uso de certas habilidades que nos foram entregues em confiança, e aí já viu, ? Quebrou, pagou!!!

Então, quero lhes contar de uma percepção que tive e que está me dando a oportunidade de analisar a conta que estou pagando já tem um tempo, e que espero termine logo, após aprender uma boa lição.

Eu me considero uma pessoa que gosta de ajudar os outros, não sou do tipo que dá o peixe, mas que curte ensinar a pescar da forma que sei fazê-lo (que não afirmo que seja a certa), mas acabei por perceber que na ânsia de ajudar, passei um pouco do limite das pessoas, dizendo e cobrando demais coisas que elas não estavam prontas para ouvir ou dar. A típica sutileza "elefantística".

Não que eu fosse grosseira ou agressiva (espero que não😅!!!), mas era exigente demais. É que eu acho que se é para ser ou fazer, tem que ser bem feito. Mas, cada ser é único e assim deve ser tratado. Resumo da Ópera: eu pegava pesado. Às vezes, era-me difícil aceitar e compreender as limitações da pessoa para uma questão X ou Y.

Até que um belo dia, percebi como EU me sentia sendo pressionada, por pessoas tão bem intecionadas quanto eu, a fazer coisas que literalmente não tinha condições, tinha que ficar o tempo todo explicando que sendo uma pessoa traumatizada, não tinha as mesmas habilidades que sobravam a pessoas não traumatizadas ou com um nível de traumas menor.

Pode parecer que eu esteja querendo justificar de novo. Não estou, a bem pouco tempo, por exemplo, consegui relaxar a mente a ponto dela parar de girar em looping quase eterno e eu ficar repetindo a mesma "cantilena desastrosa" de 20 a 30 vezes no mesmo dia. Isso eu venci, graças aos céus e uma terapia adequada.

Foi só aí, e assim, que minha ficha caiu e que percebi que eu estava sendo até cruel, porque eu ainda experimento a dor de passar dos meus limites, e quantas vezes fiz isso comigo mesma e com os outros. Aproveito a ocasião para pedir àqueles que se sentiram pressionados pelo meu "auxílio nada luxuoso" que me perdoem, se puderem!!!

O fato é, que às vezes, ainda me sinto pressionada por pessoas querendo me explicar que eu posso ser mais positiva e perseverante, exatamente por não saberem que me faltam (ainda) as quantidades necessárias dos neurotransmissores adequados para tanto (a boa notícia é que tenho grandes chances de chegar lá).

Só que agora, estou aprendendo a relevar, já que não sabem o que estão dizendo.

Mas, voltando ao real motivo da conversa. Eu compreendi que aquilo que eu permitia que saísse de mim, como julgamentos e opiniões inadequadas (ainda que bem intencionados, eu insisto) a mim retornavam, dando a chance de compreender não só o quanto pode ser difícil ser pressionado, como pode ser desagradável ter que ficar se justificando o tempo todo.

De qualquer forma, a lição trouxe-me três excelentes aprendizados:

1º - Respeitar o limite alheio.

2º - Não ter necessidade (quase) nenhuma (ainda) de justificar ou dar satisfação e

3º - Limitar-me a ajudar a quem precisa e dentro da necessidade apresentada.

Não vou dizer que seja fácil, eu ainda estou me exercitando nisso, mas já conquistei algumas pequenas vitórias, agindo assim.

Experimente!!!! É libertador.

*https://sabersistemico.com.br/manage.app#!/content/articles/60564396a5200b4a3627af3f

 


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