Ordens do amor? Pertencimento? Hierarquia? Dar e receber? São assuntos abordados na Constelação Familiar. Mas, do que se trata? Para falar a verdade, quando fiz a minha primeira sessão, há três anos, não conhecia muito o conteúdo. Fui por curiosidade e indicação de uma amiga. Porém, a partir daquele momento, foi como se tudo fizesse sentido em minha vida. Desde então, já tive a segunda, a terceira e agora tenho a formação. A questão é: como colocar no papel minha experiência?
O que me levou a buscar Constelação Familiar? Eu tinha um péssimo relacionamento comigo e sentia um vazio que me sufocava. Conflito com pai, com relacionamento amoroso, família, amigos. Tudo reflexo da minha falta de compreensão, quanto a mim mesmo. Já tinha feito e lido tudo que o dinheiro pode pagar (PNL, DL, Renascimento, livros, cursos e etc.) e nada me preenchia. O meu primeiro facilitador foi também, o meu professor de PNL, um ser de luz, que Deus colocou em meu caminho.
O que a Constelação Familiar desenvolve? Trata-se uma terapia criada pelo psicanalista alemão Bert Hellinger, têm como premissas, as três ordens do amor: pertencimento, hierarquia e equilíbrio entre o dar e o receber. Segundo o seu idealizador, a Lei do Pertencimento aborda: que todos os membros da família possuem direito a pertencer ao sistema. Se alguém for excluído, outro membro tomará o seu lugar, repetindo o seu destino.
A segunda ordem do amor trata-se da Hierarquia: os que chegaram antes estão acima dos que chegaram depois, incluindo os pais, que chegaram antes dos filhos. Sem ordem não há amor. A terceira ordem do amor fala do Equilíbrio entre o dar e o receber. O que dá e o que recebe conhecem a paz se o dar e o receber, forem equivalentes. O equilíbrio entre crédito e o débito é fundamental em todos os relacionamentos. ( Fonte: B.H)
A minha questão era relacionada ao meu pai. Eu tinha uma revolta muito grande. Meu pai foi ausente e abandonou minha mãe, ainda na gravidez. Por conta disso, fui uma adolescente rebelde e dei muito trabalho para minha família. Casei-me aos 15 anos e depois foi só tragédia. Falecimento da minha mãe, morte de dois filhos, marido alcoólatra e infiel. Aquela novela mexicana! Mas, agora tudo está ressignificado! Graças ao Coaching e a Constelação familiar. Quais os meus aprendizados?
1- Não sou vítima de situação nenhuma. Devo ser sempre responsável por minha vida e pensar em solução;
2- O passado é lugar de referência e não de residência;
3- Meu pai me deu o que ele podia me dar. Com o nível de consciência que ele tinha, naquele momento (compaixão);
4- De repente, algo que era uma barreira, se transformou em um local do meu encontro pessoal (resiliência);
5- Há um mundo visível (aparência) e invisível (mente) em nós. E quem sou eu para julgar: meu pai, mãe ou qualquer outra pessoa?
6- Meu pai me deu muitos dons, um deles, é gostar de escrever (isso é gratidão);
7- Não me exijo demais, busco fazer minha parte e com amor;
8- Relacionamentos anteriores devem ser respeitados;
9- Eu não sou a dona da verdade;
10- Quem me machuca, vejo como um professor, da minha evolução enquanto ser humano. Busco também, tirar o poder dos sentimentos que me fragilizam (maturidade).
Por fim, a Constelação existe para que possamos fazer ajustes e alinhamentos em nossas relações e nos tornarmos mais livres, felizes e sem pesos. Acredito que a gente não atrai nada. Apenas, nós criamos a nossa própria realidade. E que tipo de realidade você quer criar?