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O QUE É NORMAL?

O QUE É NORMAL?
Diandra Terezinha Gomes
fev. 9 - 2 min de leitura
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Quantas perguntas surgiram a partir deste módulo. A primeira delas está descrita no titulo do post: O que é normal?

Penso que muitas vezes passamos grande parte da vida no automático, sem perceber a essência das coisas, sem nos questionar sobre como estamos vivendo, o que realmente é nosso de fato. Que mapa de mundo criamos?

Me lembrei de uma cena do filme "O todo poderoso" onde Deus diz: a maioria das pessoas passa a vida na escuridão.

Penso que a escuridão seja exatamente a falta de conhecimento, a falta de buscar pela cura, é sempre mais fácil empurrar pra debaixo do tapete. Mais uma vez observamos que tudo aquilo que nos causa sofrimento e nos impede de sermos realmente felizes, precisa ser olhado, que aquilo que muitas vezes achamos normal, precisa realmente ser visto, algo ainda está a espera no sistema.

Esses sofrimentos rotineiros nos ligam ao sistema, aos antepassados, para que possamos ver, são emaranhamentos, lealdades. Quantas vezes me perguntei porque comigo as coisas precisam ser tão desafiadoras?

Talvez realmente seja a hora de buscar compreender.

Apesar de já ter estudado sobre os contos de fada, ouvir através da Olinda é encantador, me lembro quando criança que eu amava "Xena, a princesa guerreira", assim como ela eu queria realmente ser uma guerreira, salvar o mundo, eu realmente ficava encantada assistindo e depois saía correndo pela rua imaginando que eu era ela e salvava a todos.

Nunca havia relacionado com meu sistema familiar, faz todo sentido, sou descendente indígena, e ainda gostaria de salvar o mundo, as vezes penso: como tudo seria mais fácil se fosse mato, sem precisar de roupas, casas bem feitas, indústrias, mercado de trabalho, sem a competição deste mundo, apenas plantar, colher, e sobreviver.

Então hoje me dou conta porque não gosto dos grandes centros urbanos, prefiro a paz e o sossego de uma cidade pacata. Hoje compreendo porque sou como sou, porque por inúmeras vezes as pessoas me diziam: parece bicho do mato. Eu sou mesmo um pouco bicho do mato, gosto de silêncio, ouvir os pássaros, gosto de um ciclo pequeno de amizades, me sinto confortável na simplicidade.

Agora eu entendo, agora eu sei.

Imensamente grata por tanto conhecimento, assim podemos completar um pouco mais a cada dia.

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