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O QUE É SER CONFIÁVEL?

O QUE É SER CONFIÁVEL?
Simone Belkis
dez. 16 - 4 min de leitura
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Eu tive essa experiência algumas vezes, por isso resolvi compartilhá-la, porque acredito que outras pessoas sintam o mesmo em algumas ocasiões na vida.

Eu costumo ser o que considero como uma pessoa confiável.

Certamente, dentro de um limite, porque o que significa confiança para mim pode não ser o mesmo para o outro. Mas, de uma forma geral, confiável é aquele, segundo o dicionário, "em que se pode confiar; digno de confiança; honesto, leal, sincero, amigo". E "sobre cuja segurança, resistência, firmeza, precisão etc., pode-se estar tranquilo (diz-se de objeto, aparelho, método etc.)".

Mas, a minha questão se coloca entre essas duas definições. Às vezes, a falta da precisão, da firmeza e do poder estar tranquilo também se dá em relação a pessoas que não são, necessariamente, desleais ou desonestas. Ou seja, um objeto ou aparelho poderia ser considerado desleal e desonesto por falhar?

A minha experiência me mostrou que em alguns momentos, pessoas que amamos e, consequentemente, confiamos, falham conosco. Mas, sentem-se mortalmente feridas quando dizemos isso a elas. 

Afinal, eu poderia continuar amando e acreditando em alguém que não teve firmeza, não foi preciso ou me fez perder a tranquilidade, por razões que nem sempre passam por desonestidade ou falsa amizade?

Como dizer a alguém que não confio nas suas atitudes quando ele não quer pagar o preço por seus atos, quando ele não se sente forte o suficiente para cumprir uma promessa que fez em um outro momento da vida, quando ele não se responsabiliza por seus atos?

Como dizer a essa pessoa que ela falhou sim e que tenho medo de correr o mesmo risco mais de uma vez?

Eu não vejo problema em dizer, mas percebo a dificuldade da outra pessoa em lidar com a questão. Porque ser taxado de desonesto é bastante ofensivo, até mesmo para quem o é com frequência. E onde está o problema disso tudo? É o não se conhecer e o não aceitar-se falho.

Eu não estou de modo algum dizendo que sou a Super-heroína e que não tenha falhado em algum momento com alguém, e só eu sei o quanto me cobro quando isso acontece. A grande questão é a saia justa que a falta de autoconhecimento acaba gerando nas relações. Porque se eu me conheço o suficiente (exercício para toda a vida), eu posso admitir que não tenho coragem, firmeza ou não posso oferecer tranquilidade e segurança a quem confia em mim em um dado momento.

Quando eu sou honesto comigo mesmo, posso admitir diante do outro a minha não confiabilidade parcial, faz sentido para você?

Deixar de cumprir um acordo ou uma promessa por medo ou por achar que não é meu dever pode não se tornar um problema quando admito que tenho medo, que não estou seguro de que possa levar até o fim meus compromissos, ou que simplesmente não me sinto no dever de fazê-lo.

Isso também não quer dizer que esteja justificando a atitude do outro, quando falha comigo. Não, não mesmo!!! Isso é apenas a constatação do quanto somos responsáveis por nós mesmos, e que apesar de tudo, podemos falhar afinal. 

Essa é apenas uma reflexão sobre o significado de confiar.

Mas, esse é um exercício fundamental de vida. Não somos confiáveis porque não temos medo, somos confiáveis porque somos verdadeiros conosco mesmos, ainda que isso possa doer muito. Doer no sentido de admitir, mas principalmente no sentido de buscar fazer diferente.

Seja confiável consigo mesmo. O outro confiará em você.

 

Pincel de maquiagem com pó cosmético dourado espalhando sobre fundo preto Foto Premium

 


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