Tenho pensado bastante sobre esta questão. Na verdade, refleti por vários dias, meditei, observei e enfim pude concluir que sempre fui muito independente, e isso posso ver em meus pais, que se casaram e vieram morar em São Paulo, longe de suas famílias.
Embora eu more perto da casa da minha mãe (meu pai já não está mais neste plano), somente a visito, ajudo quando necessita e comemoramos muitas datas juntas, dificilmente peço ajuda. De fato, me casei cedo e formei minha família, então sempre procurei resolver meus problemas sozinha ou com a ajuda do meu marido e meus filhos.
Com muito prazer meus pais me deram todo o suporte para eu estudar, e também nesse quesito escolhi um curso diferente de minhas irmãs. Estudei inglês e fiz letras, pois sempre gostei de ensinar. Minhas irmãs estudaram odontologia, seguiram a profissão do meu pai.
O fato de sempre ter feito minhas escolhas, talvez os deixem tranquilos e percebam que eu dou conta de resolver naturalmente questões do dia a dia. Trilho o meu caminho com autonomia, com uma dose de liberdade, abrindo mão de lealdades, o que me faz escrever minha história com originalidade e sempre buscando a felicidade. (nossa, quanto "...ade"!)
Será que é isso que fiz e faço pelos meus pais?
Certamente é gratificante para os pais verem os filhos felizes e independentes. Independência eu tenho e felicidade eu busco diariamente. Ser leal até certo ponto, ter a sensatez de escolher a felicidade ao invés da lealdade, honrando nossa história, vivendo o presente intensamente e deixando um legado iluminado para nossos descendentes.