Modulo 2 - Aula 2 - Conceito Sistêmico de lealdade
Escutando a professora Olinda, sobre Lealdade, sobre “Felicidade” algumas frases ecoaram dentro de mim: “Antes da felicidade vem os pais”...
Faço também uma parada expressiva aqui, pois sempre fui uma criança feliz, sorridente, apesar dos grandes desafios pelos quais passamos e das três filhas, sou a menor e creio, a mais feliz.
Desde pequenina, buscava atender de alguma forma aos meus pais, nas suas necessidades, como por exemplo, após falecimento de meu pai, quando eu tinha dez anos, busquei de alguma forma colaborar com minha mãe nas despesas que eu via que ela tinha e que chorava muitas vezes por não ter o suficiente na carteira.
Fiz coisas das quais não me arrependo, pois fiz o melhor que pude, com o que na época eu entendia como necessidade maior.
Era bolsista na escola, uma das escolas de freiras que se destacava em ensino aqui em Porto Alegre/RS.
Tudo que eu podia fazer para não gerar incômodos, eu fazia, mas também cometi, certamente muitos equívocos dentro disto...
Se eu ganhava algum recurso material, de minha avó Estrela, que costumava me presentear com alguns troços e também uma tia, tia Alzira, eu alcançava para minha mãe, como forma de amenizar suas preocupações, principalmente após falecimento de nosso pai.
Ao longo dos anos, fui buscando trabalhar, começando aos 13 anos como secretária em um escritório imobiliário.
Me sentia muito feliz em poder ajudar de alguma forma...
Sempre escutei minha mãe. Nossa relação era muito calcada em bases de amizade, cooperação mútuas e a mim ela confidenciava tudo...
Eu a abracei sempre, com respeito e escuta de tudo que ela necessitava e assim segui ao longo de minha vida.
Nunca deixei de escutá-la, de buscar compreender também seus sonhos, suas tristezas, mas buscava alegrá-la, sendo a filha que brincava também com ela, passeava com ela, fazia compras com ela e assim segue...
Hoje, ela tem 94 anos. Viúva há 48 anos, jamais se casou de novo.
Meu pai partiu cedo, mas até onde convivemos, eu era aquela com quem ele saia, jogava tênis, ensinava as lutas (judô...). Éramos cúmplices em desfrutar da vida o melhor que pudéssemos. Éramos amigos!
Trato de proporcionar o melhor de mim a minha mãe e tratei de fazer o mesmo com meu pai, enquanto ele viveu na Terra.
Recursos materiais, nem sempre posso alcançar, mas também me esforço! Busco levar harmonia e beleza à ela, que inclusive passa agora por um triste e grande desafio, pois uma de suas filhas, minha irmã do meio, está com metástases. Ela sofre muito, todos sentimos muito! Porém, busco acalmá-la e trazê-la para um outro olhar... Olhar a vida com fé, confiantes no Plano Divino, Deus, mãe, pai e toda natureza divina em nós.
Queria ajudá-la mais, com recursos financeiros, mas trato de levar meu melhor como também Terapeuta Complementar, tratando-a em suas dores físicas com massagem terapêutica, Reiki, Aurículo, Medicina Chinesa e outras tantas medicinas desta Terra, milenares. O próprio recurso de estar ao ar livre, pois resido em um sítio.
Assim busco ser com minha mãe e buscava ser com meu pai.
Amo minha mãe e RESPEITO suas decisões. Não a incapacito! Não a condeno se quer comprar algo para si mesma, mesmo que eu saiba que está com poucos recursos, mas se a fará feliz, busco ajudar.
Quero que ela acredite que é possível SER FELIZ!
Gostaria de fazer mais, mas de todo coração, creio que o que mais ela aprecia é saber que pode contar comigo!
TE AMO MÃE, TE AMO PAI