Essa aula, nº 02 da Formação Real Master em Constelação Sistêmica com a Mestra Olinda Guedes, intitulada “A Palavra I”, me fez pensar muito na vida humana. No valor que damos às vidas humanas, as nossas e as demais.
A morte é sempre uma tristeza. Não importa como aconteça, com quem aconteça. Estamos tão vulneráveis e somos tão frágeis, mas só nos damos conta disso com o nascimento de uma criança e com a morte de alguém, os quais são ritos de passagem nem sempre bem-vindos em nossa sociedade materialista e capitalista.
Nossas almas clamam por gestos sagrados de nossa parte que demonstrem nosso respeito e a nossa fé diante do invisível, do inexplicável, do eu sou.
Nesses tempos de grandes perdas de vidas humanas, essa dor nos acomete a cada segundo e essa impotência diante da vida e da força do Ser Maior fica cada vez mais evidente.
A vida é um sopro, lembra sempre a Mestra!
E o sopro do vento me traz quem se foi deixando em mim, além da saudade, um desejo enorme de rever o mais breve possível a sua energia em matéria diante de mim. Sei e creio que só poderei alcançar esse privilegio novamente quando eu também não mais estiver por aqui.
Digo sim! Concordo respeitosamente e aguardo, fazendo o que tem que ser feito por mim aqui onde vivo, cuidando das feridas que tenho para aprender a cuidar das feridas dos meus semelhantes.
Sim. Vou cumprindo minha missão e sei que Deus me fortalecerá e o Espírito Santo me dará discernimento. Dói demais, mas não mata. Tenho muito o que fazer.
Com muita empatia, compaixão e solidariedade pelos familiares de todas as vitimas dessa virose mundial e de outras doenças, coloco aqui um pouco da minha emoção no dia de hoje.
Tatuí, 09 de janeiro de 2021
Querida sobrinha Thalita,
Hoje fazem 13 anos que você voltou a morar com Jesus. Como já não posso te abraçar, olho para esse céu e te vejo lá. Parece que foi ontem que vi seu lindo sorriso pela primeira vez.
Você foi o anjo que Deus permitiu que viesse ficar conosco por 19 anos e trouxe luz e felicidade para essa sua tia/mãe aqui.
Primeira filha do meu amado irmão, primeira neta dos meus pais. Irmã primogênita da amada Rebeca, com 14 anos na época em que você nos deixou. Apesar de muito fiel a Deus, nossa princesinha Rê sentiu demais a sua partida, assim como todos nós, claro, mas, como sua irmã e tão unida a você, a dor dela foi muito profunda, eu sei.
Você e a vovó Gi, minha mãe, eram tão amigas, que no mesmo ano que você se foi, a vovó também foi ficar com você. Você foi em janeiro e ela em dezembro de 2008. Ano difícil!
Ah, amada Tha! Seus olhos continuam sendo faróis iluminando o meu caminho!
Não importa quanto tempo dure essa separação física. Tenho certeza que em breve nós vamos nos reencontrar, nos abraçar e beijar muito, pois se essa vida aqui nesse mundo em que ainda estou é um sopro, a vida onde você está é infinita e eterna.
Viveremos para todo o sempre esse nosso amor que nunca se apagará, mesmo com a distância física da matéria, enquanto ela durar.
Te amo infinita e eternamente, minha preciosa princesa Thalita Martins Valderamos.
Foi por você ter adoecido aos 12 anos que comecei a estudar o mais profundo do meu ser; não tive coragem de seguir meu coração quando você teve que raspar seus lindos cabelos que estavam caindo muito devido a quimioterapia; eu queria ter raspado os meus, mas me reprimi por ouvir que isso era loucura. Sofri muito por não ter seguido o meu desejo.
Também foi por ter deixado de te ver fisicamente, depois que você se foi, que comecei esse meu caminhar de autoconhecimento, agora bem mais consciente, buscando evolução como ser humano, não mais me prendendo ao que digam a respeito.
Faço agora o que tem que ser feito. Sigo minha intuição. Respeito minha alma.
Todo esse aprendizado tive com você, com sua preciosa vida que, apesar de breve aqui, foi tão intensa e simbólica para mim em todos os aspectos, e sempre continuará sendo.
ATÉ O ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO!
Gratidão por tanto amor e por ser tão especial, amada!
Que Deus nos Abençoe e Conforte a todos!