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O QUE OS OLHOS NÃO VEEM O CORAÇÃO NÃO SENTE

O QUE OS OLHOS NÃO VEEM O CORAÇÃO NÃO SENTE
MILENA PATRICIA DA SILVA
dez. 2 - 3 min de leitura
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Já ouvi infinitas vezes a frase: o que os olhos não veem o coração não sente. Esses dias refleti sobre a minha própria vida e entendi que a frase pode ser reescrita de outra forma.

O que os olhos não veem o coração sente.

Nas constelações aprendemos que o campo sempre informa, portanto o que não podemos ver com os nosso olhos, muitas vezes conseguimos sentir com o coração.

Nos últimos meses tenho enfrentado desafios relacionados à minha saúde, que têm me trazido reflexão, limitação, aprendizado. Na última semana estive no reumatologista para finalmente entender o que está acontecendo comigo. É a última instância que vai poder dizer se temos solução para as minhas dores ou não. É como se fosse o Supremo Tribunal Federal (última instância) da saúde nesse momento da minha vida.

Eu estava ansiosa pela consulta, pois ali eu criei expectativa de que eu poderia sentir menos dores e finalmente ter qualidade de vida. Ao ouvir atentamente às perguntas da médica residente, entendi o panorama. Para mim a consulta foi mais uma terapia do que qualquer coisa. Ela, muito atenciosa, ia tocando em pontos da minha alma, sem saber disso.

Eu, ao responder algumas das perguntas, ia tendo insights, parecia que alguém estava colocando refletores nos meus olhos. Em alguns momentos da consulta ela precisou me apertar para fechar bem o meu diagnóstico. Delicadamente me pediu desculpas por ter que apertar. Mal sabia ela (ou talvez soubesse) que a cada pergunta que ela fazia e eu respondia, ela ia apertando outros níveis da minha consciência, que talvez doíam mais do que as apertadas físicas. 

Me dou conta que muitas pessoas têm cânceres na alma, um lugar que as quimios nunca alcançarão. Câncer em lugar físico é tratado com remédios, mas e quando é na alma? Para isso, o remédio é colocar para fora. Fazer terapia, correr, dançar, caminhar, namorar, rir, cozinhar, chorar, orar, se tornar consciente. Ter alguém com quem se possa dividir as dores e frustrações.

Muitas vezes exames não serão capazes de entregar diagnósticos, então teremos que buscar as causas daquelas dores de outra forma. Por isso que muitas vezes os nossos olhos serão incapazes de ver, mas o coração sentirá aonde realmente dói.

Em muitos casos a origem da dor realmente não é física, então precisamos tratar a origem, pois caso contrário os sintomas não cessarão.

Em caso de fraturas emocionais, feridas na alma, minha prescrição é: 

  • Tome uma dose de consciência e uma dose de amor próprio, ao dia;
  • Deixo como resgate: uma dose de "Dane-se" (tome na medida que necessitar).

Ao persistirem os sintomas o coração deve ser consultado. Ele sabe bem o que feriu a alma. Se você perguntar, ele traçará o caminho perfeitamente.

Se mesmo assim precisar conversar, não excite! Chame um terapeuta ou alguém que possa lhe ajudar.


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