Quando meus sobrinhos nasceram eu fiquei um pouco assustada com o tanto de cuidado que exigia uma criança, eu que sempre dizia que queria ter 6 filhos passei a dizer que só um seria suficiente.
Essa semana ao levá-los pra natação o Ian falava que ele e o Nic iriam dirigir o carro do papai quando crescessem e a Emilie o carro da mamãe, aí ela respondeu firme: “Não, a tia Mari vai me ensinar a dirigir, né tia Mari? E eu vou dirigir o meu.” Eu disse sim e sorri.
Criança tem esse lindo poder de fazer a gente dar uma espiada rápida no futuro e voltar mais alegre ainda.
No final da natação eu pego um pote de bolachas e eles escalam o capô do meu carro, sentam e comem como se fosse a melhor bolacha do mundo. Criança tem essa sabedoria de aproveitar cada momento intensamente. Enquanto eles comem eu conto a história de quando eu era pequena e coloquei o dedo dentro da boca da minha tartaruga e ela me mordeu, eles ouvem como se a minha história fosse extremamente fascinante e quando termino vem uma enxurrada de perguntas.
Crianças nos lembram que toda história tem valor, até mesmo as menores histórias.
No Instagram vi uma piada, tinha a foto de um pacote de fraldas com o preço e perguntava se você já tinha tomado seu anticoncepcional hoje. Claramente a pessoa que a criou acha que ter filhos custa caro, assim como eu no inicio do texto, mas se ela também tivesse a oportunidade de levar os sobrinhos pra natação ela descobriria que caro seria não tê-los.
Mariane Bridi Di Domenico
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