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Obesidade

Obesidade
Eliziane Schaefer Buch
jan. 22 - 4 min de leitura
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Foi assim que me vi: as lágrimas vieram... um vazio enorme no peito, uma dor de abandono, uma orfandade.

A primeira vez que procurei um constelador para olhar para minha obesidade foi julho de 2017, descobri que tinha uma ligação com minha avó paterna. Até então não fazia ideia do quanto eu era ligada à ela, o quanto ela tinha sido importante em minha vida. Faleceu quando eu tinha 15 anos, uma idade onde o foco era eu em minhas descobertas de adolescência. Não me dei conta em todos estes anos do quanto eu amava esta avó, que tanto auxiliou na minha educação, no quanto zelou por mim, pois morava em minha casa. Meu pai, 9° filho do casal, era o caçula, nascera após 6 meses da morte de meu avô, portanto não o conheceu.

Após esta constelação, de 2017, iniciei uma busca por informações e um novo olhar nasceu em relação à vida de minha avó paterna e tudo o que ela havia passado. A morte prematura de meu avô e de dois filhos antes do nascimento do meu pai. Eu nem fazia ideia que este era somente o início da minha busca. Muitas outras constelações foram feitas, no total 5, com diferentes facilitadores, e eu não conseguia chegar na resposta que eu procurava, continuava com excesso de peso e sentindo que a gordura não era minha. Foram muitas vezes que olhei no espelho e falava pra mim:

"Isto não é meu, quem está aqui em mim? Qual é a dor que eu carrego, que gruda em mim?". "Por que não consigo controlar isso?" "Por que, às vezes, não consigo me saciar? Por que, às vezes, esta compulsão e esta preocupação de levar comida para os lugares que vou, este medo de ficar sem comida?"

Meu curso online de Constelação fiz em julho de 2018, o que possibilitou um maior entendimento do que carregamos e o porquê.

Em uma noite, sem saber mais que caminho tomar em relação a esta situação, após passar por várias dietas, exercícios e tudo o mais que se faz para diminuir e manter o peso, sem resultados positivos e cada vez maior, eu fiz uma constelação de bonecos para mim mesma, no silêncio do meu quarto, pegando do saquinho os bonecos que minha alma conduzia.

Ao me colocar, surge um boneco com a cabeça completamente virada para o lado, olhando para o sintoma, que era um boneco homem, da mesma cor do boneco que representava meu pai. Logo percebi quem era e o choro veio, desesperadamente, uma dor no peito como jamais tinha sentido, um sentimento inexplicável, como se eu tivesse conhecido ele, uma dor no peito, dor de abandono, dor de separação, dor de não querer deixar ir aquela alma. Eu precisei ficar ali, para sentir aquela alma, sentir um abraço... um acalanto dele...  Aquela dor era a mesma dor que, uma semana antes, tinha aparecido em uma microfisioterapia, quando a terapeuta tocou meu peito, logo abaixo da garganta.

Então entendi tudo e, após este dia, consegui olhar pra mim e comecei um caminho consciente em relação à comida, conseguindo sem sacrifícios selecionar o alimento e até mesmo fazer jejum, sair de casa sem levar comida, bala, chiclete.

Sei que ainda tenho um caminho a seguir, mas agora me sinto empoderada e livre. E só tenho a agradecer por esta evolução e por todas as pessoas que fizeram parte deste processo. Também entendi que a busca deve continuar, até encontrar a resposta. E quando o emaranhado persiste é algo que ainda não foi olhado, que ainda não se mostrou.

Espero poder ajudar as pessoas obesas com este depoimento. Namastê!

 

 


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