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Olhando para um aborto e curando um sistema!

Olhando para um aborto e curando um sistema!
Caroline Schierholt
set. 9 - 3 min de leitura
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Para muitas mulheres a maternidade é um lindo e desejado sonho, que na grande maioria das vezes é concretizado com muito amor e sucesso.

Após o nascimento da minha primeira filha, que foi uma gestação perfeita, vivenciei a perda de 3 bebês. Nenhum deles foi fácil de lidar emocionalmente, a final na clínica éramos tratados apenas como uma estatística e o fato ocorrido estava dentro das estatísticas... 

Apesar da dor, a primeira perda aceitei o argumento estatístico e superei fácil o momento, mas na segunda e terceira perda não pude acreditar que aquilo estava acontecendo novamente. E tentar entender o que estava aconteceu me fez buscar ajuda além da medicina.

Com a terapia sistêmica aprendi que tudo que acontece conosco  "está certo", porém tem um "propósito", o propósito de olharmos em direção ao amor, isso é, olhar para o momento no passado em que o amor ficou esperando ser incluído. 

E foi esse o movimento que busquei.. Busquei entender quem esses bebês estavam honrando, para quem ou para que momento eles olhavam.

A terapia sistêmica nos ensina a olhar para a nossa história, que é a história dos seus pais e de todos os nossos antepassados. 

A partir daí, fui capaz que ver que eu e os bebês repetíamos um padrão, pois identifiquei muitos fatos relacionados a aborto na família. Abortos nunca ditos antes, mas que existiram.

Muitos são os motivos de omitir um aborto, sendo ele espontâneo ou causal, mas o que eles têm de igual é a omissão, a exclusão do fato, que leva à exclusão desse membro da família. 

Gerações passam e haverá alguém que irá honrar o excluído, até que alguém olhe para esse momento em que o amor foi interrompido e ressignifique e inclua todos que fazem parte do sistema familiar e preencha com muito amor esse momento e  esse ser.

Muitos foram os movimentos de inclusão que realizei por meses, sendo muitos intuitivos. Mas o que me trouxe mais plenitude e que senti que tudo estava seguindo o fluxo correto, foi quando incluímos o último bebê que eu havia perdido.

Era natal, fazia 1 mês da perda do último bebê, a Sofia com 3,5 anos ainda não aceitava o fato, continuava dizendo para as pessoas que tinha um bebê na barriga da mamãe. Então no Natal ela ganhou esse belo boneco, porém rejeitou ele assim que abriu o pacote, passaram -se 2 dias e ela continuava sem interagir com o boneco, inclusive já tinha dado para a prima. Até que eu disse: "Sofia esse é o Théo, ele nasceu", (Theo seria o nome do bebê caso fosse menino), e no mesmo instante ela pegou o irmão beijou e saiu passeando com ele no carrinho.

Hoje tenho uma certeza, só o amor cura!


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