Esses dias escrevi um texto e fui instigada a responder essa pergunta num próximo.
Então, como se comportar, como abordar sem dizer bobagens ou deixar o “doente” constrangido? Será que é incômodo perguntar? Será que está invadindo a privacidade?
Essas perguntas só podem ser respondidas por uma pessoa, pelo próprio “doente”. A ideia é se mostrar disponível para ajudar caso essa pessoa precise. Mas, se você não tem tanta intimidade ou tem intimidade e não sabe como conversar com essa pessoa pode perguntar.
Você se importa em falar sobre isso? Caso a pessoa responda que não se importa, você pode perguntar como ela se sente com tudo isso.
Você precisa de alguma coisa?
Tem algo que eu possa fazer por você?
Você tem quem faça comida para você quando não está bem? Quer que faça o mercado para você?
Eu não quero ser inconveniente, então saiba que se precisar estou aqui!
Envie uma mensagem às vezes perguntando: Como você está se sentindo? Precisa de algo?
Pode dizer também: Não estou perguntando muito para não te incomodar.
Pode perguntar: Estou sendo intrometido (a)?
Às vezes a pessoa não quer falar nada, mas quer ter a certeza que tem gente orando por ela, torcendo por ela, cuidando dela, e só de estar ao lado em silêncio às vezes resolve.
Eu passei pelo momento que chamo “bolha”, um momento em que nem a gente sabe o que sente para dizer aos outros o que sente. Um momento de incertezas e silêncio interno. E saiba, isso não é pessoal, é o momento de digerir tudo isso.
Respeite acima de tudo o desejo do paciente. Ele é a pessoa mais importante nesse processo, o diagnóstico dele, não importa. O tamanho do tumor ou o grau do câncer não importa.
Se o paciente não quer falar sobre o assunto, esteja ao lado dele, olhando com amor. Porque, cada um lida com suas dores de uma forma. Não exija que alguém seja como você, afinal de contas somos únicos. Cada ser humano desse planeta tem uma digital, ou seja é exclusivo. Não podemos exigir do outro o que olhamos com nossas lentes. O outro tem a vida própria e as próprias escolhas.
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