Essa frase me chamou a atenção nesse módulo em que fala da noite escura da alma.
Se olharmos bem, vamos pensar que ele está equivocado ao afirmar isso, mas quando começa a entender o processo que o campo nos informa dentro da constelação, fica muito claro.
Os piores momentos são memórias traumáticas do sistema e elas realmente determinam quem somos.
Mas muito me alegra em saber que podemos mudar esse corpo de dor, através da cura sistêmica.
Uma de suas palestras me chamou muito a atenção a forma como ele coloca sobre os traumas sofridos: você precisa pegar os traumas e fazê-los parte do que se tornou e precisa transformar os piores eventos de sua vida em uma narrativa de triunfo, evidenciando um eu melhor em respostas as coisas que machucam.
Somente pela cura do sistema, passando da noite escura para a luz divina, se reconciliando com todos os ancestrais é possível passar por uma transformação como pude aprender em nosso curso.
Em nenhum momento percebi que ele se referiu ao termo constelações, então o que afirmo são minhas percepções, dentro de suas falas e em seu livro Longe da árvore.
Quando nos tornamos conscientes do nosso corpo de dor, de nossos traumas e de todo sofrimento da grande alma, aumenta em nós o desejo de aprofundar cada vez mais para saber nossa verdadeira história.
Porque nessa caminhada de estudos sobre a constelação, descobri que temos duas histórias: a primeira é a que conheço pela consciência, a minha história de vida, desde que nasci até o momento presente.
A segunda é a quem iniciou antes de mim, com meus antepassados e que também interfere em minha vida presente.
Nessa segunda história, nem tudo está claro, nem tudo eu sei, mas estou aprendendo a confiar nas informações que o campo oferece.
Muitas vezes não é fácil nessa confiança de que o campo nunca falha, tenho tido a coragem de fazer muitas perguntas sobre a história de minha família.
Muitos segredos estão vindo à tona e tem me ajudado a entender minha história de vida pessoal.
Repito aqui a frase da nossa amada Olinda precisamos caminhar com consciência porque a vida é um sopro e a humanidade não caminha bem.
Então, se não estivermos bem integrados em nossas sexualidade e afetividade deixaremos de cuidar dos outros.
Esse é um assunto, que aprendi nesse módulo, que o sistema precisa estar bem resolvido, ser curado para que tudo possa seguir seu curso.
Não podemos excluir as pessoas que se encontram emaranhadas. Elas precisam de afeto, caridade, compaixão e empatia e de cura de seu sistema.
Saber e ter compreensão desse processo está fazendo toda a diferença em minha jornada de vida.
Estou renascendo das cinzas.
Estou me empoderando como mulher, religiosa que se sente atraída cada vez mais para a identidade e pertença a um grupo, a uma comunidade.
Recebo força de quem veio antes de mim e também estou dando forças para que, eles e elas sejam felizes em seus destinos.
Porque as histórias de nossos antepassados, minha segunda história, são o alicerce da nossa identidade como uma grande alma.
Me sinto tocada a corrigir o que disse acima sobre as duas histórias.
Poderia apagar e reescrever, mas sinto que ao fazer isso, deixaria de contribuir com meus colegas sobre minhas percepções durante essa escrita.
Então vou dizer que a primeira história é a de meus antepassados, eles vieram antes, tem a primazia.
Preciso dar a eles seu lugar no tempo e no espaço e também em minha vida.
E a segunda história é a minha vida de consciência, minha vida presente.
Agora sinto que a ordem ficou melhor. Eu me sinto melhor. Constelei ao colocar ordem na escrita. Sinto. Agradeço. Sigo.
Posso seguir escrevendo e afirmando que os piores momentos de nossas vidas, dentro da dinâmica de constelação, passou a ser os mais lindos e transformadores, porque podemos mudar a nós mesmos, todo o nosso sistema e as pessoas que forem colocadas em nosso caminho.
Mas não podemos deixar de aprender a aprender, porque todo dia é dia de aprendizado pessoal e comunitário.