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Os Remédios Florais do Dr. Bach - Dr. Edward Bach - capítulo VII

Os Remédios Florais do Dr. Bach - Dr. Edward Bach - capítulo VII
Eleonora de Góes  Miranda
dez. 27 - 15 min de leitura
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E agora chegamos ao problema mais importante de todos: como podemos ajudar a nós mesmos? Como podemos manter nossa mente e nosso corpo num estado de harmonia que dificulte ou impossibilite a doença de atacar-nos? - Pois é certo que a personalidade sem conflito é imune à enfermidade.

Em primeiro lugar, consideramos a mente. Já discutimos extensamente a necessidade de buscar em nós mesmos os defeitos que possuímos e que nos fazem agir contra a Unidade e em desarmonia com os desígnios da Alma, e de eliminar esses defeitos desenvolvendo virtudes opostas. Isso pode ser conseguido obedecendo às linhas de conduta já mencionadas; um honesto exame de consciência nos revelará a natureza dos erros. Nossos conselheiros espirituais, os médicos verdadeiros e os amigos íntimos, todos eles poderão ajudar-nos a traçar um fiel retrato de nós mesmos, mas o melhor método de aprendizagem é o pensamento sereno, a meditação, e colocarmo-nos numa atmosfera de paz que nossas Almas sejam capazes de falar-nos através de nossa consciência e intuição, e de guiar-nos segundo as suas vontades. Se pelo menos pudermos nos recolher por um breve momento todos os dias, completamente sós e num lugar o mais tranquilo possível, sem que nada nos interrompa, sentar-nos e deitar-nos tranquilamente, sem pensar em nada ou pensando claramente em nossa missão nesta vida, depois de algum tempo veremos que temos muita ajuda nesses momentos e é como se lampejos de conhecimento e orientações fossem dadas. Descobrimos que as perguntas sobre problemas difíceis desta vida são claramente respondidos, e nos tornamos capazes de escolher com segurança  o caminho certo. Nesses momentos, devemos ter em nosso coração o sincero desejo de servir a humanidade e de trabalhar de acordo com os desígnios de nossa Alma.

Lembremos que, quando o defeito é descoberto, o remédio não consiste em lutar contra esse defeito, nem usar de energia e força de vontade para suprimir o erro, mas nos firme desenvolvimento da virtude oposta, desse modo eliminamos automaticamente da nossa natureza qualquer vestígio de transgressão. Este é o método verdadeiro e natural de avançar e de superar o erro, incomensuravelmente mais fácil e eficiente do que combater um defeito em particular. Combater um defeito aumenta o poder dele, mantém nossa atenção fixada na sua presença, e nos leva a uma verdadeira batalha; o maior êxito que podemos esperar num caso desses é vencê-lo suprimindo-o o que deixa muito a desejar, já que o inimigo permanece conosco e pode, num momento de fraqueza nossa, ressurgir com forças renovadas. Esquecer a falha e se esforçar conscientemente para desenvolver a virtude que a torne impossível: esta é a verdadeira vitória.

Por exemplo, se existe crueldade em nossa natureza podemos repetir continuamente: "Não serei cruel" e, assim, evitar errar nessa direção; mas o êxito nesse caso depende da força da mente e, s ela fraquejar, poderemos por um momento esquecer nossa boa intenção. Mas se, por outro lado, desenvolvermos uma verdadeira compaixão para com os nossos semelhantes, essa qualidade fará com que a crueldade seja impossível de uma vez por todas, pois evitaremos tal ação com horror graça ao nosso sentimento de comunhão para o próximo. Nesse caso, não há nenhuma supressão, nenhum inimigo oculto que possa investir quando tivermos baixado a guarda, porque nossa compaixão terá eliminado completamente de nossa natureza a possibilidade de qualquer ato que possa magoar os demais.

Como vimos anteriormente, a natureza de nossos males físicos nos ajudará materialmente , indicando-nos a desarmonia mental que é a causa básica de sua origem; e o outro grande fator de êxito é que devemos ter gosto pela vida, e olhar a existência não meramente como um dever a ser cumprido com tanta paciência, mas desenvolver uma verdadeira alegria na aventura de nossa jornada por este mundo.

Talvez uma das maiores tragédias do materialismo seja o desenvolvimento do tédio e da perda da autêntica felicidade interior; ele ensina as pessoas a buscar contentamento e a compreensão para as atribulações dos divertimentos e prazeres terrenos, que não podem nos proporcionar, mais que um esquecimento temporário de nossas dificuldades. Uma vez que começamos a buscar a compreensão de nossas provações nas mãos de um humorista profissional, começamos um círculo vicioso. A diversão, os entretenimentos e as frivolidades são bons para todos nós, mas não quando depende deles continuamente para minorar nossos problemas. As diversões mundanas de todo o tipo têm de aumentar sua intensidade para conservar sua eficácia, e o que nos emocionava torna-se enfadonho amanhã. Assim, seguimos buscando outras e mais fortes sensações, até que ficamos enfadados e não obtemos mais alívios nesse sentido. De uma forma ou de outra, a dependência das diversões mundanas nos converte a todos em Faustos, e ainda que não estejamos plenamente consciente disso, a vida se torna para nós pouco mais que um dever paciente, e todo seu autêntico gosto e alegria, que deveriam ser a herança de cada criança e manter-se até nossas últimas horas, afasta-nos. O extremo disso está sendo alcançado hoje em dia nos esforços científicos desenvolvidos no sentido de obter o rejuvenescimento, o prolongamento da vida natural e o aumento dos prazeres dos sentidos por meio de práticas demoníacas.

O tédio é responsável pela admissão em nosso ser de uma incidência de enfermidades muito maior que o que geralmente se acredita, e como ele tende a aparecer cedo na vida que levamos atualmente, da mesma forma os males associados a ele tendem a aparecer em idade cada vez mais tenra. Essa circunstância não se dará se reconhecermos a verdade de nossa Divindade, nossa missão no mundo e, desse modo, se contarmos com a alegria de adquirir experiência e de ajudar aos demais. O antídoto para o tédio é assumir um ativo e vívido interesse por tudo que nos rodeia, estudar a vida durante o dia inteiro, e aprender, aprender e aprender com os nossos semelhantes e com os fatos da vida a Verdade que se oculta por trás de todas as coisas, entregarmo-nos à arte de obter conhecimento e experiência, e aproveitar as oportunidades quando podemos nos utilizar delas em favor de um companheiro de jornada. Assim,  cada momento de nosso trabalho e de nossa diversão trarão consigo um grande entusiasmo por aprender, um desejo de vivenciar coisas reais, aventuras reais e ações significativas e, conforme desenvolvemos essa faculdade, veremos que estaremos recuperando o poder de extrair alegria dos menores incidentes, e circunstâncias que antes considerávamos monótonas e banais torna-se-ão oportunidades de investigação e de aventura. Nas coisas mais singelas da vida - singelas porque estão mais próximas da grande Verdade - é que se encontra o verdadeiro prazer.

A resignação, que nos converte em meros passageiros desatentos na jornada da vida, abre-nos as portas as influências adversas incalculáveis e que nunca teriam oportunidade de entrar se vivêssemos o cotidiano em espírito de alegria e aventura. Qualquer que seja a nossa condição, a de trabalhador numa cidade populosa ou a de pastor solitário nas colinas, esforcemo-nos em converter a monotonia em interesse, o dever aborrecido em uma alegre oportunidade para uma nova experiência, e a vida cotidiana num intenso estudo da humanidade e das leis fundamentais do Universo. Em todo lugar há amplas oportunidades para se observar as leis da Criação, tanto nas montanhas como nos vales, ou entre nossos irmãos. Antes de mais nada, transformemos a vida numa aventura de interesse absorvente, onde o tédio não é mais possível e a partir do conhecimento assim adquirido, busquemos estabelecer uma harmonia entre nossa mente, nossa Alma e a grande Unidade da Criação de Deus.

Outra ajuda fundamental para nós é pôr de lado todo o medo. O medo, na realidade, não tem lugar no reino humano natural, já que a Divindade dentro de nós, que é nós próprios, é invencível e imortal; e se apenas nos déssemos conta disso, como Filhos de Deus, não teríamos nada a temer. Nas épocas materialistas, o medo aumenta naturalmente com as posses materiais (seja do próprio corpo, seja de riquezas externas) pois, se tais coisas constituem nosso mundo, por serem tão passageiros, tão difíceis  de se obterem e tão impossíveis de se conservarem , exceto por um breve momento elas despertam em nós a maior ansiedade, pelo receio que temos de perder uma oportunidade de consegui-las enquanto podemos. Assim, necessariamente temos de viver num constante estado de medo, consciente ou subconsciente, já que em nosso íntimo sabemos que tais posses podem, a qualquer momento, ser arrebatadas de nós e que por mais que possamos conservá-las, o será por um breve momento de vida. 

Nessa época, o medo pelas enfermidades aumentou até converter-se num grande poder capaz de causar danos, porque abre as portas ás coisas que tememos e facilita o seu ingresso. Tal medo é realmente um egoísmo, pois, quando estamos verdadeiramente absorvidos no bem-estar alheio, não há tempo para que fiquemos apreensivos quanto às nossas enfermidades pessoais. O medo está atualmente desempenhando um importante papel na intensificação da doença, e a ciência moderna tem aumentado esse reino de terror por espalhar ao público em geral suas descobertas, que não passam meias verdades. O conhecimento das bactérias e dos vários germes associados com as enfermidades tem causado danos nas mentes de milhares de pessoas e, pelo pânico que vem provocando  têm-nas tornado mais suscetíveis de ser atacadas. Enquanto formas inferiores de vida, como as bactérias, podem desempenhar um papel ou estar associado com a doença física, não constituem em absoluto todo o problema, como pode ser demostrado cientificamente ou com exemplos da vida cotidiana. Há um fator que a ciência não é capaz de explicar no terreno físico, e é o de algumas pessoas serem afetadas pela enfermidade enquanto outras escapam a ela, ainda que todas possam estar expostas às mesmas possibilidades de infecção. O materialismo esquece que há um fator acima do plano físico que no curso comum da vida protege ou torna suscetível todo indivíduo no que concerne à enfermidade, qualquer que seja a sua natureza. O medo, com seu efeito depressivo sobre nossa mentalidade, que causa desarmonia em nossos corpos físicos e magnéticos , abre caminho para a invasão, e se as bactérias e os meios físicos fossem os únicos e verdadeiros causadores  da doença, o medo estaria justificado. Mas quando nos damos conta de que nas piores epidemias apenas uma proporção daqueles que estão expostos à infecção são atacados, e, como já vimos, de que a causa real da doença jaz em nossa personalidade e está sob nosso controle, temos condições de caminhar sem medo, sabendo que o remédio se encontra em nós mesmos. Podemos eliminar da nossa mente todo o medo dos agentes físicos como únicos causadores da doença, já que essa ansiedade somente nos deixa vulneráveis, e que se estivermos buscando trazer harmonia para nossa personalidade, não temos que preocupar com uma enfermidade mais do que tememos ser fulminados por um raio ou ser atingidos por um fragmento de um meteoro.

Agora consideremos o corpo físico.  Nunca devemos esquecer que ele nada mais é que a morada terrena da Alma, morada em que habitamos apenas por uma breve temporada para podermos entrar em contato com o mundo, no intuito de adquirir experiência e conhecimento. Sem que nos identifiquemos demasiado com nossos corpos, tratemo-los com respeito e cuidado, de modo que mantenham saudáveis e resistam ao tempo, a fim de que cumpramos nosso trabalho. Em nenhum momento devemos nos preocupar excessivamente com eles, mas devemos aprender a ter menor consciência possível de sua existência, utilizando-nos como veículos de nossa Alma e de nossa mente, como servos de nossa vontade. A limpeza interna e externa é de grande importância. Para a primeira delas, nós, ocidentais, utilizamos água excessivamente quente; isso abre os poros e permite a entrada de sujeira. Além disso, o uso excessivo de sabão torna a superfície da pele pegajosa. A água fria ou a morna, corrente como num banho de chuveiro ou trocada várias vezes, está mais próxima do método natural e mantém o corpo mais saudável; só a quantidade necessária de sabão para remover a sujeira evidente deve ser usada, e o corpo logo enxaguado com nova água. 

A limpeza interna depende da dieta, e deveríamos escolher todas as coisas limpas, saudáveis e tão frescas quanto possível, principalmente frutas naturais, vegetais e nozes. Certamente carne animal deveria ser evitada; primeiramente, por dar origem a várias toxinas no corpo; em segundo lugar, por estimular um apetite excessivo e anormal; em terceiro, porque implica crueldade para com o mundo animal. Deve-se tomar bastante líquido para s purificar o corpo, como água, vinhos naturais e produtos derivados diretamente do armazém da natureza, evitando as bebidas destiladas, mais artificiais.

O sono não deve ser excessivo, já que temos mais controle sobre nós mesmos quando estamos acordados do que quando adormecidos. O velho ditado "hora de virar, hora de levantar" é um excelente conselho de quando sair da cama.

As roupas devem ser tão leves quanto permita o calor; devem deixar o ar chegar até o corpo, e, sempre que possível, a pele deve ficar exposta à luz do sol e ao ar fresco. Os banhos de água e de sol são grandes fontes de saúde e vitalidade.

Em todas as coisas, a alegria deve ser estimulada, e não devemos permitir que sejamos oprimidos pela dúvida e pela depressão, mas lembrar que tudo isso não faz parte de nós, pois nossas Almas conhecem apenas alegria e felicidade.

 

Livro Os Remédios Florais do Dr. Bach - Dr. Edward Bach - Editora Pensamento

 


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