O que são sonhos?
Agrupamento de imagens, de pensamentos ou de fantasias que se apresentam à mente em uma constância diária. Ainda podemos afirmar que o sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura, configurada em uma controvérsia.
Para a religião, sinais e símbolos ocupam um lugar importante. Por ser o homem um ser formado por três partes, um corpo onde habita um espírito e a alma, o mesmo exprime e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e símbolos materiais.
Sendo reconhecido como um ser social, o homem necessita de sinais e símbolos para estabelecer a comunicação entre si mesmo, o mesmo validando com sua relação com Deus, que utilizar dos sinais e símbolos para conversar com o homem e transmitir mensagem.
Entretanto a religião orienta que nossa entrega deve ser ofertada exclusivamente a Deus, e não buscar nos sonhos respostas para o futuro, nem o ganho de poderes ocultos.
Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Freud, pai da psicanálise, afirma que os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido, dado que há coisas que a pessoa não deseja revelar a si mesmo, sendo nossa porta estreita da alma. Sigmund Freud também afirmou que eles servem como conciliador da psique humana. O livro "A Interpretação", descortina a concepção de consciente e inconsciente, empresta lógica a todo trabalho da elaboração onírica, pois cada um traz em si mesmo, preso no inconsciente lembranças que podem ser chamadas de arquétipos.
Podendo ser definido em alguns tipos:
O sonho tipicamente consciente, de um evento ou até situações vivenciada em dias anteriores;
- O sonho advindo de um conflito estabelecido entre consciente e a posição do inconsciente;
- A forma com que determinado conteúdo, inconsciente interferem na consciência, com propósito de mudanças;
- O sonho que serve como orientação para toda uma fase de vida da pessoa, nesse tipo de sonho está incluso sonhos de infância e os sonhos decisivos;
E ainda podemos nomear os sonhos premonitórios, que podem evidenciar situações antes de acontecer, possibilitando diversas formas de interpretar.
Os sonhos podem ainda ser considerados como uma oportunidade de recomeço, de evolução, aprendizagem. E ainda como caminho de um projeto a se realizar, onde é possível traçar metas para alcança-los na vida.
Mas o que fazer quando os planos e sonhos se perderam pelo caminho? Como reprojetar esses planos e sonhos para alcança-los?
A motivação criou seu jargão querer é poder! Frases muito difundidas entre os motivadores, e até certo ponto impulsiona a alguns, mas infelizmente, e nem sempre querer e poder andam de mãos dadas.
Não bastar apenas querer para o alcance de um desejo. Mesmo quando planejamos, batalhamos, nos doando, lutando por uma causa, ou objetivos, ele pode não vir a se realizar, pois a vida reserva algumas surpresas nos caminhos, e existem os descaminhos da vida, que são os tropeços.
Mas existem fatores que são decisivos, que permeiam todo o processo e acontecimento: as metas traçadas, caminhos a se percorrer, (destino para alguns), e o livre arbítrio que são nossas escolhas, seja em meio a bonança ou tempestades na vida, nosso enfrentamento e empoderamento faz toda a diferença nessa trajetória.
No início da escrita de nossa página da vida, ela nos oferta a família, nossa base sólida, escola, trabalho, e uma teia de convivência entre diversas pessoas.
Assim, iniciamos um ciclo e encerramos outros, onde somos expostos a acontecimentos e uma variedade de pessoas, vivemos situações adversas, incorporando em nós uma aprendizado.
Livre arbítrio... até onde somos livres?
Livre arbítrio, expressão que caracteriza a possibilidade de escolher, de fazer prevalecer sua vontade. Entretanto uma decisão equivocada, ou um ato impensado, nos distanciamos dessa escolha, nos levando por outro caminho. Sendo preciso recomeçar, reconhecendo que nem tudo está perdido, e a vida nos pede uma reprogramação de metas, de um ciclo perdido, para o retorno aos trilhos do caminho que almejarmos alcançar.
Assim, nos é oportunizado, enxergar e compreender as razões e os "Para quê?", jamais usar "O por quê?", e sim, sempre, "Quais benefícios tudo isso vai me trazer?". O que a vida quer me propiciar a viver? Quais as superações devo vivenciar, onde devo evoluir e reaprender, para me reinventar, e construir minha história?
Talvez, se faça necessário deixar alguns pequenos retalhos nossos no caminho, e até se despir de si mesmo, para o novo, e o cair das folhas para mudanças de estação, e o ganho de novas folhagens.
O abrir mão de algumas coisas resultam em perdas, de coisas que não queremos soltar. Mas quais são suas prioridades? O que realmente é importante? Até onde somos capazes de lutar?
Se identificar que faltou força, busque no seu mais íntimo ser, invoque os céus, para auxilia-lo nessa jornada, apoiando-se em pessoas que nos impulsionam a vida, nos elevam, e a força do amor guia.
Caminhe dentro das leis do amor, do bem, da justiça, da ética, de veredas corretas, pense sempre que, tudo que fazemos, cada ação singular nossa, são pequenas sementes lançadas em terra.
Se supor que os fins justificam os meios, e trilham o caminho da injustiça, disse: não a prática da ética, não respeitou seus oponentes, há fruto podre no pomar da vida, a vida retribui com a mesma igualdade. Assim, voltar o olhar para o que estamos plantamos, deve ser uma reflexão diária.
O Bert Hellinger fala sobre uma energia que flui sobre as gerações e as consequências de prática, que interferem na saúde da família. Isso acontece pelo nosso vínculo familiar, pela lealdade e amor (muitas vezes inconscientes) que temos com todos aqueles que pertencem ao nosso sistema, em especial em um espaço de 4 gerações.