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MOD5 PALAVRAS MAL DITAS ADOECEM. BOAS PALAVRAS SÃO COMO FAVO DE MEL.

MOD5 PALAVRAS MAL DITAS ADOECEM.  BOAS PALAVRAS SÃO COMO FAVO DE MEL.
Valeska Bottini
mar. 4 - 5 min de leitura
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A esperança nasce em casa, passa pela escola e se expressa no mundo do trabalho. Essa frase da querida professora me fez pensar em todo meu percurso até aqui.

Enquanto primogênita fui a primeira a ir para a escola. Não tinha boas memórias de uma sala de aula até a pouco tempo. Um dia levei uma reguada de uma professora, não me lembro o nome dela, e ainda ouvi ela dizer que eu não sabia escrever corretamente. Foram dias difíceis aqueles. E confesso que até pouco tempo trazia aquelas palavras em minha mochila.

(...) em uma condição de medo, ansiedade, insegurança, a aprendizagem não acontece. Então entendemos que, para aprender, é preciso estar vivo e em paz. Guedes (2014, p.49)

Meus pais sempre com muito carinho compravam o meu material, sinto cheiro até hoje da borracha perfumada. Meu lanche era muitas vezes pãozinho que meu pai comprava, com o doce de banana ou de abóbora que minha mãe fazia com tanto carinho. Sempre ouvi de meus pais que a maior herança que poderiam deixar para nós era a educação, uma profissão.

O amor dos pais fluindo nos filhos é a força da educação. Guedes (2014, p.22)

Adoro cheiro de papelaria, amava encapar os cadernos e fazer as aberturas, pintava, coloria muito, adorava sair com meus pais para comprar os cadernos, lápis de cor. Sempre fui muito criativa, sempre gostei de artesanatos, música. Na escola o melhor lugar eram as aulas de contra turno, a dança, o piano e a pintura. Já que eu não era boa com as letras então me deliciava na liberdade que o palco das emoções me proporcionava, sempre fui apaixonada por gente, sempre tive facilidade em fazer amizades.

Onde há paz, podemos ter tranquilidade e confiança.

Eu cresci indo para as férias na casa de meus avós, tanto paternos quanto maternos. Ambos trabalhavam com comércio. Minha primeira profissão acredito que foi em um desses intervalos escolares.

Com mais ou menos dez anos fui vender óleos perfumados com uma prima na vizinhança.

Pegávamos os óleos perfumados com minha vovó materna no comércio deles e saímos vender. Também embalei muitos palitos de sorvetes com meus avós paterno. Me lembro que minhas avós me passavam o dinheiro escondido e dizia: “guarde para você gastar com o que quiser”.

Cuidei de dois meninos filhos de uma vizinha nossa, eu já tinha quatorze anos.

Vendi panos de prato, tapetes, produções da pintura que aprendi.

Quando fui cursar psicologia, naquele momento era a primeira neta a ingressar em uma universidade estadual. Eu pude sentir o quanto a felicidade tomou o coração de meus pais e meus avós. Antes da felicidade os pais.

Contudo, passei anos acreditando que eu precisava ser contida, mecanicista, não poderia enquanto profissional expor um olhar mais próximo, generoso, perfumado para aquele que chegasse até mim. Creio que fiquei “engessada” na fala daquela professora na qual não validou minha presença, meu aprendizado, o meu ser. (encontrei na academia professores como aquela).

Mas, quando ouvi pela primeira vez a querida professora Olinda na escola para terapeutas, senti um bálsamo em mim.

De maneira doce foi apresentando o “lugar” que eu poderia estar, o eu vejo você, como resgatou em mim memórias lindas. Minhas habilidades, meu jeito de ser, meus avós em mim, meus pais me conduzindo para a vida, e ainda a reflexão de que como venho conduzindo os meus.

Profissionalmente estou buscando agregar o perfume dos óleos essenciais e neles as memórias de minha vovó, os bilhetinhos, cartões que venho produzindo para meus clientes tem o sabor dos papéis de picolé que me divertia na infância. O cuidar do ser, olhar com doçura respeito, o eu vejo você, sempre esteve em mim.

Em paz com a escola e com o conhecimento, cada um é capaz de buscar o que é necessário para profissionalizar-se e realizar seus propósitos. Guedes (2014, p. 101)

Em cada nova leitura que finalizo, em cada anotação que faço, sinto dentro de mim meus pais. A alegria no sorriso de minha mãe quando ouvi minhas reflexões de uma leitura, a admiração de meu pai pela profissional feliz que tenho me tornado.

Podemos dizer para o nosso destino: "sim eu aceito, mas vou buscar nele onde está o mel, nele eu encontro a felicidade e assim a prosperidade."

 

 


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