Eu que sempre, em qualquer circunstância me dizia descendente de italianos, de repente, me vi ‘portuguesa’. Me vi assim ao perceber, no auge dos meus quarenta e tantos anos, que um dos sobrenomes da minha família materna, é português. E isso me trouxe alegria, a qual também não compreendo e nem consigo explicar.
Hoje sinto uma vontade de ir até você, de passear pelas tuas lindas terras, de ver o mar que beija tuas praias, de sentir o vento que leva as ondas até a terra firme.
Vontade de experimentar os temperos da tua terra. De pisar descalça em terras portuguesas e sentir assim a força de um lugar que eu nem sabia, mas ao qual eu sei que pertenço, agora eu sei. Vontade de visitar algumas ruínas de castelos, mas também de pequenos casebres no campo.
Queria poder ir agora. Não posso agora, mas sei que irei e quando aí estiver, vou me banhar nas águas do teu mar e sentir o cheiro da brisa leve dos ares de Portugal.
Até lá, te trago comigo amada Pátria, te trago comigo meu querido Portugal.
Com amor
Uma filha da tua terra, Fabiana ‘Vilas Boas’ Zappielo.
(incluí aqui o meu sobrenome português, mesmo não o tendo em registro no meu nome civil, mas agora devida e amorosamente registrado nas linhas do meu coração, da minha história)