Com a água até os joelhos, sou eu aqui nesta floresta.
Pequena índia, grande em energia.
Minha alma toca a mata, os animais a cachoeira.
Sou eu aqui nesta floresta.
Círculos de luz dançam em mim.
Círculos de cores em espirais que sobem e descem, brilham, emanam, vibram grande e pequeno, seguindo as batidas do meu coração e o som da mata.
Meu coração é fogo em sintonia com a tribo.
Meu coração é chama forte, quando o tambor bate, o chamado é forte.
Meu coração explode em força, toma tudo ao meu redor, queima em luz que aquece e move.
Uma estrela de luz centra minha testa, me corta ao meio, encontra o sol.
Sou eu pequena índia.
A natureza me abraça.
As luzes dançam em mim.
A estrela brilha em minha consciência.
O fogo pulsa em meu peito e me incendeia por dentro.
Eu sou floresta.
Eu sou força.
Meus guardiões em círculo flutuam sobre minha cabeça.
Meus pais ao lado, pouco atrás de mim são lobos que vigiam o caminho, vorazes em minha defesa, seus dentes e sua força são ameaças implacáveis ao que se opões a mim. Morrem em minha defesa se preciso for.
Sou eu floresta.
Índia pequena, gigante em energia.
Ligada ao tudo, ao todo, à dança de cores, à estrela que brilha, aos mestres de luz, aos pais que amparam.
Aquilo que me ataca, insiste, afronta!
Eu temo.
Eles me suportam.
Os dentes se mostram, as garras ameaçam a floresta olha.
Afasta, afasta, se afasta!
Aquilo que me ataca, insiste, afronta!
Os dentes se mostram, os lobos rosnam cortando o ar com as garras.
Eles fazem um escudo de ar.
A floresta me abraça e mostra minha força.
Eu digo, afasta, afasta se afasta. Eu te respeito, aqui não é seu lugar.
Aquilo que me ataca, insiste, afronta!
Afasta, afasta, afasta!
Eu te respeito, aqui não é seu lugar, não há espaço para o temor.
Afasta, afasta, se afasta!
Aquilo que me ataca corre, foge para mata, some de vista.
Respiro, agradeço, sinto o alívio.
Saiba que eu te respeito, aqui não é seu lugar.
Eu sou floresta.
Pequena índia, grande em luz, conectada aos meus, ao meu lar.