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POR QUE AS COISAS NÃO SÃO DO MEU JEITO?

POR QUE AS COISAS NÃO SÃO DO MEU JEITO?
OLINDA GUEDES
jan. 7 - 11 min de leitura
0230

Já observou quantas pessoas têm essa sensação? Aliás, observou quantas vezes nós mesmos em nossas vidas vivenciamos isto em inúmeras situações?

Questionamos o porquê de as coisas não serem simples para nós, trazendo à tona mais dúvidas sobre si mesmo em uma busca incessante para encontrar respostas do porquê flui para todo mundo menos para si. 

Para algumas pessoas parece que tudo vem de mão beijada em suas mãos, enquanto que outras pessoas precisam lutar demasiadamente ficando na sensação de “Óh, meu Deus!” e por mais que façam incansavelmente, sempre será o mínimo suficiente para sobreviverem.

É impressionante observarmos a quantidade de crianças e adolescentes que sofrem de algo que se chama transtorno opositor. Tudo eles têm que ir contra. Tudo têm que lutar. Parece que sempre estiveram brigando por um lugar, uma razão e por seu direito.

Não! Isso não é incomum. Absolutamente!

Você já deve estar pensando em quantas pessoas que conhece que podem apresentar esses sofrimentos que são bem desproporcionais à realidade que vivem. Inclusive fiz um vídeo sobre este assunto tratando acerca da importância do nascimento e dos traumas ocasionados durante ele.

A maneira que nascemos afeta a vida fora.

Não só a nossa existência, mas também a infância e a juventude. Na idade adulta, quantas pessoas que ao envelhecerem e atingirem a sua maturidade, terceira idade, viverão absolutamente o reflexo do seu trauma de nascimento?  Muitas, pois elas ainda estão chateadas e brigando e caso esses traumas não forem curados, não cessarão.

Tais comportamentos podem ser por conta do trauma de nascimento e você já sabe que poderíamos elencar uma quantidade enorme de pessoas que nascem de modo traumático.

As condições de violência obstétrica nas quais a mãe e o bebê não são respeitados já é uma experiência de desrespeito. Só o fato de a parturiente ganhar o seu bebê na posição deitada, pode realmente fazer com que ele armazene em suas memórias internas, pessoais, epigenéticas e inconscientes o registro do contra.

Não é que a pessoa gostaria de ser do contra mas sim por que a maneira com que o seu inconsciente decidiu e definiu que seus direitos fossem respeitados.

O natural durante o nascimento é seguir o movimento do corpo, do que realmente empodera e traz as soluções. Se tudo isso não foi respeitado durante o nascimento, com certeza absoluta, encontraremos essas pessoas vida a fora se opondo. Elas simplesmente poderão se opor a tudo o que for falar, sempre alegando que não é bem assim. Tudo fica em forma de padrões repetidos que essas pessoas experienciam e isso se dá muito na profissão.

Imagine uma pessoa que não teve o seu direito humano, orgânico do seu organismo, nem de sua fisiologia respeitados durante o seu nascimento.

Essas pessoas podem estar no ambiente de trabalho e simplesmente não percebem o quanto de limite que elas têm, já que estes limites deveriam ser respeitados como um direito básico.

E por não saberem sobre seus direitos, há essa distorção.

Poderão também sofrer o que chamamos de assédio moral nos ambientes de trabalho haja vista que a primeira experiência delas que foi a de parceria não foi respeitada e também obter experiências de parcerias não respeitadas ao longo da vida.

Bert Hellinger diz que essas memórias primárias que são criadas a partir do relacionamento com os pais. Elas determinam o futuro. 

Como  o empoderamento e a possibilidade do novo vêm a partir da mãe, a partir de ressignificar e de refazer estas memórias de nascimento muitas vezes traumáticas para a maioria das pessoas?

Outro ponto de atenção são os pontos de relacionamentos conjugais. Por que pessoas tão bacanas estão solitárias? Por que gente tão agradável, tão elegante e que deseja tanto ter um relacionamento funcional e duradouro, vive  relacionamentos tão sofridos e tão disfuncionais?

Há uma autora de uma abordagem que chama renascimento ou respiração consciente, Sondra Ray. Ela fala absolutamente coisas incríveis acerca das memórias de nascimento e acerca de relacionamentos amorosos e conjugais. Publicou um texto na comunidade Saber Sistêmico.

O fato é que a maioria das mulheres da década de 50 para cá se tornaram extremamente solitárias ao parir.  A gestação sempre foi um ato muito solitário. O parir sempre demandou da realidade feminina das mamíferas essa condição do apoio, amparo, do sentir-se pertencente e seguro.

É sabido que no parto tradicional costumava-se parir sozinha, ou havia uma comadre, ou até mesmo alguma mulher da comunidade que a amparava. Tudo isso dava a condição e a percepção de “eu estou junto e amparada, posso contar verdadeiramente com meus relacionamentos.”

O que ocorreu na década de 1950 para cá? Com a hospitalização do nascimento, mulheres passaram a se relacionar muitas vezes com uma equipe totalmente desconhecida.

Geralmente o pré-natal era realizado com uma equipe e o parir com outra.

Isso tudo fez e faz com que o inconsciente dessa criança que está chegando tome certas decisões acerca de sobrevivência, tais como: “Se preciso tanto de proteção, amparo e os encontro aqui e se são essas as pessoas desconhecidas que ameaçam a minha mãe, que a colocam deitada, que não dão o suporte emocional e respeitoso de tudo que ela precisa nesse momento para me parir com empoderamento, logo vou aprender e definir que relacionamentos humanos são traiçoeiros, solitários e disfuncionais.”

Neste momento se cria um imã, uma decisão para o campo que vai simplesmente atraindo a repetição destes relacionamentos que foram experienciados ao nascer. Você já tinha se dado conta disso?

Há tantas coisas possíveis de falar acerca de traumas de nascimento.

Aliás, no livro “A Verdade Sobre o Sofrimento Humano” há um capítulo inteirinho que escrevo sobre resfriado, afecções do sistema respiratório e sintomas variados dos filhos e do quanto eles sofrem, já que a maioria dos bebês não nasce com condições de temperatura específicas para eles, mas sim com as condições apropriadas para a equipe médica.

Você já viu os ambientes de sala de parto como são?

Enquanto a temperatura interna de um bebezinho na vida intrauterina fica entre 36º ou 36, 5º e logo ao nascer se depara com 18º a 20º.  Nisto existe um grande mito de que “é normal até aos três anos eles sofrerem assim, depois ficam fortinhos.”

É normal porque a quantidade de bebês que nascem em parto hospitalar, nessas salas geladas, é realmente uma quantidade enorme. Portanto o que vai fugir à regra é um parto domiciliar, em uma condição mais apropriada para o bebê, evitando que fique resfriado. Não! Não é normal sempre resfriados até aos três anos de idade. É trauma de nascimento.

Eu gostaria de começar a dizer a você que tudo isso tem solução e cura.  Não é por que é uma memória traumática e não é por que o nascimento ocorreu há 60, 80 e 100 anos que há como resolver.

Quero muito dizer que mesmo para bebês, essas intervenções que descreverei aqui  têm efetivamente uma condição maravilhosa de cura, além de uma possibilidade incrível de aplicação já que se tornam um estilo de vida.

Gostaria que acessasse sobre intervenções sensoriais. O link para este vídeo estará aqui para você saber o que são intervenções sensoriais e o que são intervenções sistêmicas. É através delas que podemos limpar, ressignificar e reprogramar estas memórias.

E talvez você esteja perguntando: “Olinda, como faço para resolver isto?

A fibromialgia é: “Querida, mamãe, cadê o seu colo, seu carinho, sua presença, seu contato e o seu acalanto? Se eu os tivesse, agora estaria descansado e relaxado, mas como não tenho tudo isso agora, o meu corpo está produzindo essa quantidade infinita de dor que me dizem o seguinte: “Mamãe! Mamãe, cadê você?! Cadê esse oásis e esse paraíso que a gente chama de colo de mãe?”

Tenho presenciado muitas pessoas se curarem por meio da Massagem Reparentalizadora Sistêmica, uma intervenção sensorial, ela se fundamenta  mesma massagem que as mulheres da índia fazem para os bebês, a Shantala.

Dispomos isso aos adultos em um ambiente de cuidado e de amor.

Você não sabe o que é essa intervenção para pessoas que sofrem de fibromialgia. O que elas estão fazendo? Estão fazendo uma reedição e um up grade dessas memórias internas estabelecidas em seu nascimento bem nos primeiros meses de vida, que ainda se precisa de acalanto, proteção, amparo e de prazer de contato, de pele.

Reparentalizadora ou reparentalização significa eu vou dar a mim ou ao outro o ato de recuperar as memórias de relacionamento com nossos pais das memórias positivas que deveriam acontecer em tese até aos oito anos de idade.  É um termo que vem na análise transacional. Bert Hellinger a estudou pois é um dos pilares das Constelações Sistêmicas.

Se até aos oito anos de idade ocorrerem memórias positivas e agradáveis de amor, de acalanto, companheirismo, limite, proteção e de subsistência de nossos pais, não será necessário reparentalizar. Esse seria o mundo ideal, porque no mundo real não é muito diferente e nós sempre precisamos de um pouquinho mais de amor, proteção, amparo e limite.

É preciso fazer com que este repertório esteja 101% em nossa vida. Quando fazemos que esteja totalmente suprido desse amor parental, muitos sofrimentos se dissipam. A fibromialgia, as alergias, as intolerâncias, as reatividades e os transtornos de comportamento cessam. É impressionante como há cura por meio de intervenções sensoriais.

Este conteúdo é sobre  traumas, memórias de nascimento e do quanto isso influencia a vida das pessoas. O quanto influencia a sua vida, mesmo que você não saiba.

Talvez tenha você até suspirado de alívio e pensado: “Nossa! Isso faz tanto sentido!”  Talvez agora esteja totalmente curioso para conversar com sua mãe ou alguém a respeito do seu nascimento.

Tenho certeza que a partir desta compreensão está se sentindo menos culpado, não é?! Do tipo, “por que trabalho tanto e não estou como gostaria? Por que estou solitário? Por que carrego essas manifestações orgânicas na minha pele, nos meus músculos, no meu sistema neurológico, por que será?”

Você vai precisar caminhar, fazer sua jornada de cura,  porque os milagres exigem de nós, sobretudo conhecimento e atitudes.

Incrível a diferença de quando caminhamos sabendo que há solução, do que quando caminhamos sofrendo.

A partir de agora os seus passos podem ser firmes e seguros, porque agora eu sei!

 

 

 

 

 

 


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