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Por que eu tenho tantas dívidas?

Por que eu tenho tantas dívidas?
OLINDA GUEDES
abr. 13 - 11 min de leitura
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Essa é uma preocupação de muitas e muitas pessoas. Isso tira o sono de muita gente. Porque não existe nada mais difícil do que você saber que você tem um compromisso financeiro, que você tem o compromisso de pagar outras pessoas outras instituições ou necessidades materiais ou de subsistência, não importa, mas que você não tem dinheiro suficiente para bancar essas despesas, para custear essas despesas que você está devendo.

Do ponto de vista sistêmico, do economista, você está ganhando menos do que você precisa para você poder atender as suas necessidades ou você está gastando mais do que você ganha. Do ponto de vista do advogado, você está num fio tênue de risco, de ter o seu nome impedido, os seus créditos impedidos. Do seu ponto de vista, do ponto de vista da sua família, talvez você deveria ser mais ousado, trabalhar mais, ou ser conservador e gastar um pouco menos. Ou talvez do seu próprio ponto de vista você não saiba o que fazer, não é?

E talvez seja por isso que você está me ouvindo, porque é totalmente angustiante ficar devendo e gera uma ansiedade imensa, principalmente para quem não gosta de dever, porque tem gente que lida super bem, e essas pessoas que lidam super bem, elas não estão nem aí e nem consideram que elas estão devendo. Mas quem não gosta de dever, realmente eu tenho certeza absoluta de que precisa desse vídeo, que precisa dessas palavras, porque isso vai ajudar sobre maneira a sua vida.

É fundamental que você perceba que o ponto de vista sistêmico ele traz para nós uma visão que ela é totalmente alinhada, e se você seguir essas indicações você vai perceber que as resoluções elas chegam absolutamente para você, não só na área da prosperidade, como na área da sua felicidade. Eu tenho dito isto persistentemente, porque eu tenho visto muitas pessoas mudarem as suas vidas seguindo essas marcas, essas métricas, essas dicas do caminho sistêmico.

Perceba que o seu problema, o seu sofrimento pode estar absolutamente dentro das suas memórias transgeracionais, das suas memorias sistêmicas e você só vai resolver esses problemas que têm origem sistêmica e memórias transgeracionais com intervenções sistêmicas, não tem outra forma. Aliás, eu diria para você, não se preocupe em encontrar outras saídas, porque você já encontrou a saída.

Bem, e nós sabemos: quantas e quantas pessoas fazem cursos  acerca de gestões financeiras, gestões de negócios, de empreendedorismo, de como ganhar dinheiro, de como fazer investimentos, de como resolver dívidas, do ponto de vista cartesiano, do ponto de vista lógico, de um curso, uma planilha, um controle financeiro e elas continuam da mesma forma. E eu quero dizer para você que essa situação significa absolutamente que a resposta está na abordagem, na intervenção sistêmica.

Aí está o pulo do gato, como dizia lá na roça, o truque do mestre. Cura, harmonia, sucesso, êxito: é jornada.

            O amadurecimento continuo ele faz com que você estabeleça, faz com que você tome decisões, faz com que efetivamente você transforme essas decisões, esses conhecimentos em prática na sua vida. Inclusive, absolutamente comportamentos que te dão a condição de você sair das dívidas, sair da condição de dificuldades financeiras.

Talvez, você esteja se perguntando:

Mas como que eu identifico nas minhas memórias transgeracionais, se isso realmente é um problema que traz dívida?

Essa é uma pergunta fantástica. Aliás, o mundo, ele é movido por meio de perguntas.

Eu tenho uma frase que surgiu em uma aula há bastante tempo, que quando a sua vida não vai para a frente e você busca soluções de âmbito mais prático, próximo de si e essas soluções não vêm é porque você precisa olhar para trás. A vida, ela é muito sábia!

Lembre-se sempre disso, quando a vida não vai para frente, significa que as soluções estão atrás. Atrás onde? É como se você precisasse virar o carro que está indo em uma direção e ir em outra direção. Porque na nossa percepção de vida, não existe essa divisão tão didática, que na nossa mente tem, que existe passado, presente e futuro.

Na verdade, é um grande contínuo dentro da nossa percepção sistêmica. Então, muitas vezes um acontecimento de sofrimento que tem na nossa vida, lá, que parece que está a três ou quatro gerações ou até mesmo na nossa infância. Isso é até mais fácil de admitir, que isso esteja atuando no aqui e agora. Porque está atuando aqui e agora. Não existe nada que ficou lá longe perdido.

Você já observou que muitas vezes uma pessoa, ela tem olhos azuis e aí as pessoas da família dizem: Ah, elas têm olhos azuis porque o avô da minha mãe, tinha olhos azuis. Não é impressionante isso?

Então isso explica para você que as memórias transgeracionais, elas permanecem, não só as características físicas como também os sofrimentos emocionais. As condições maravilhosas dos nossos antepassados, aquilo que eles experienciaram como situações fortalecedoras, podem ser presentificados na nossa geração atual, como talentos, como dons. A pessoa nunca foi para a escola, e é um hábil marceneiro e você pergunta para ela: E os seus antepassados? – Ah, o meu pai não, mas o meu avô, ele fazia todos os móveis para casa nas horas vagas e hoje essa pessoa é um hábil marceneiro. Então, aquelas experiências expositivas dos nossos antepassados elas podem se revelar na nossa geração atual, na nossa vida, como talentos, como dons, como competências, como habilidades. E os sofrimentos dos nossos antepassados eles também ficam disponíveis e eles se mostram como sofrimentos.

Agora chega ao ponto que eu quero dizer: Dívida e dinheiro.

Dinheiro é a memória de pai dentro dos nossos sistemas. Talvez isso possa ficar um pouco. Ah Olinda, isso parece tão abstrato. Mas para nossa mente nada é abstrato. A nossa mente, o nosso sistema neurológico, ele é incrível. Jung já dizia! Ele já trabalhava isso contando sobre arquétipos. É lindo demais nós percebermos que a nossa mente, ela faz pequenas correlações para a gente poder sobreviver no mundo. Para poder sobrar espaço para descansar, para criar, para tocar a vida.

Mas estes espaços, estas decisões, essas memórias, esses engramas, eles não são só todos positivos, eles também podem ter essas reverências limitantes, essas reverências sofridas como é o caso do que nós estamos trabalhando agora acerca do dinheiro.

Então, se existe na família desse indivíduo, uma situação maravilhosa de apoio, de presença de figura paterna, mesmo que seja na interação dos pais, dos avós, das trisavós, essas pessoas não vão ter problemas persistentes, crônicos, difíceis de superar em relação ao dinheiro. Vão ter situações corriqueiras que todo mundo tem. Mas agora, quando estas situações se tornam persistentes, que elas são desproporcionais ao contexto, até o tanto que a pessoa investe, que a pessoa se dedica é porque existe uma memória de orfandade. Porque existe uma memória de abandono. Uma situação de falta de assistência adequada e apropriada em ralação à infância de alguma criança e que veio por aparte de alguma figura parental masculina, é quase se, por meio do dinheiro que escapa ou da mão que o dinheiro não vem, sistemicamente está sendo lembrado para esse indivíduo. Cadê o seu papai? Cadê o papai que provê? Onde está essa figura parental masculina que tem a força da criatividade, a forca da solução, da subsistência, o amor que honra, o amor que é justo?

Quem não consegue dinheiro suficiente carrega uma memória sistêmica de: Eu não tive pai de modo suficiente.

O pai dentro do nosso sistema, não conseguiu nos proporcionar o bastante. Quer seja por uma morte acidental, um assassinato, por alguma doença. Alguma criança ficou privada dessa benção de ter um pai maravilhoso que provê, que cuida, que zela, que ampara, que é figura de proteção, de segurança. Todos nós, você sabe o quão maravilhoso é para mim, para você, talvez não sei. Mas eu por exemplo que tive um pai tão presente não minha infância, que lindo era saber, que meu papai, ele voltava tarde para casa. Ele estava trabalhando. Quando ele chegava em casa, minha mamãe servia o jantar pra ele, e eles proseavam e ele ia dormir e dizia: boa noite! E no outro dia, eu sabia que o meu pai ia prover.

Essa segurança maravilhosa que uma criança tem na sua infância, não é benção só para sua própria vida. É benção para todas as gerações futuras. Do mesmo modo de que há dificuldade em uma ausência anterior, ausência desse pai, porque ele está sofrendo, ou faleceu, por algum motivo, essa memória por falta de pai, ela se mostra na vida de algum descendente. De que jeito? Problema com dinheiro, problema com dinheiro!

Ou não ganha dinheiro suficiente ou que ganha, nunca é suficiente ou as pessoas tomam emprestado e não devolvem ou tomam emprestado e não conseguem pagar.

Dívida é isso. É essa sensação de que o dinheiro nunca é suficiente. É essa sensação horrível de não ter o suficiente para sua subsistência, para sua vida, para sua abundância, para sua prosperidade. Uma experiência de orfandade dentro do seu sistema, ela pode não ressoar em todos os descendentes.

Digamos que um bisavô faleceu cedo e o avô ficou órfão. Vários descendentes poderão ter prosperidade e alguns desses descendentes poderão estar em ressonância com esse avô que ficou órfão e esses descendentes poderão de uma forma totalmente esquisita que os outros bem sucedidos não compreendem eles poderão carregar dentro dessa situação de o pobre da família, o fracassado da família, o que não consegue pagar as dívidas dentro da família. E muitas vezes os irmãos não entendem, os tios não entendem o porquê que essa pessoa está sempre devendo, devendo. Nós chamamos isso no mundo sistêmico, no mundo das constelações sistêmicas de lealdade.

Alguém que não tem nada a ver com o problema, um inocente que carrega a tarefa de resolver essa situação, de trazer o amor de volta, de trazer a memória desse pai, para essa pessoa que ficou órfão. Não é pessoa propriamente dita. Aqui nós estamos falando de memórias, falando de memórias transgeracionais, nós estamos falando de epigenética.

Talvez você esteja realmente se perguntando agora: Aham, então isso tem solução? Ou será que não tem?

            Saiba e estude um pouco mais sobre memórias transgeracionais no livro:  A Verdade Sobre o Sofrimento Humano.

 

 

 

 

Duração  do vídeo:18:52

Autoria: Olinda Guedes

Transcrição: Suzana Langner

Revisão: Ana Soligo


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