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POR QUE NÃO DEVEMOS INDICAR O FLORAL LARCH NO INÍCIO DO TRATAMENTO?

POR QUE NÃO DEVEMOS INDICAR O FLORAL LARCH NO INÍCIO DO TRATAMENTO?
Cecilia Darolt
dez. 26 - 8 min de leitura
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Transcrição de trecho de uma transmissão ao vivo para os alunos do curso online “Terapeuta Sistêmico em Florais de Bach, com Olinda Guedes”, revisado pela mesma, com explicações adicionais, para maior clareza e entendimento do público em geral.

Quando nós pensamos: o meu cliente precisa de Larch... Cuidado! Talvez o seu cliente precisa mais de elaborar memórias transgeracionais, do que de Larch.

Todas as vezes que nosso cliente sinaliza que as soluções para o sofrimento da sua vida estão no passado, então, não indique Larch para esse cliente. Por quê? Imagina o que acontece com uma pessoa que precisa dar um pulo carregando muito, muito peso. Em vez de ter um paraquedas, imagine essa pessoa carregando um peso imenso? É esta a contradição que se evidencia ao indicar florais [de forma mecanicista], quando o terapeuta não atua de forma sistêmica. Quando nós pensamos de forma sistêmica, vamos pensar onde está o problema do cliente. Ele pode estar se apresentando no agora, mas, qual é a causa do problema desse cliente?

Por exemplo: o cliente não vai pra frente, tem dificuldades de realizar os seus sonhos, ou o cliente só fica dormindo em casa, ou o cliente fica sempre na dúvida sem saber qual caminho seguir. E esse cliente lhe conta que teve sofrimento no seu parto, ou a sua mãe ficou órfã quando era ainda muito menina, ou seus avós atravessaram o oceano vindo pra cá numa condição de muitas dificuldades, de pobreza financeira, perdendo filhos no caminho… Nestes casos, não é Larch – porque este floral é para “dar um impulso” e ajudar a ir pra frente, não é para desatar laços do passado.

Imagina se a gente empurra essa pessoa pra que vá adiante, mas ela está presa à situação do passado? Não devemos nunca empurrar o indivíduo a seguir adiante se ele estiver com coisas presas.

Em relação ao sofrimento da humanidade, o saber sistêmico nos traz a seguinte frase:

Os problemas podem estar se apresentando agora mas, por vezes, a solução está no passado. Por vezes a solução é: "vá para o passado, vá para trás." “Para ir pra frente é necessário primeiro ir para trás. ”

Quando você percebe que sua vida não está indo pra frente, vá para trás. Nós, terapeutas florais, temos aqui o “pulo do gato” para esse ir para trás: se a vida de meu cliente não está indo para frente, não está se resolvendo, eu preciso ir lá atrás e procurar onde estão esses sofrimentos da vida dele.

Em caso de ter situações traumáticas na vida do cliente, ou pessoal ou transgeracional, o floral é Honeysuckle e Star Of Bethlehem. E tem mais dois florais que formam, pela amplitude de resultados, um notável quarteto dos Florais de Bach, que são Holly e Chicory.

Então, você ouve o cliente e percebe que ali tem memórias traumáticas, ficou órfão de pai vivo, etc. Existem três tipos de orfandade:

- Orfandade porque os pais faleceram.
- Orfandade por abandono afetivo.
- Orfandade por abandono financeiro, abandono de proventos.

Qualquer uma dessas três situações faz com que a pessoa experimente a memória de orfandade. Órfão é sentir-se sozinho, sentir-se inseguro pelo mundo, sem pai e sem mãe, no sentido lindo que é o prover afetivo, o prover financeiro e o prover do estado da presença.

Então, veja: diante de uma situação em que a mãe faleceu quando ainda era tão criança, o pai batia, espancava muito, uma pessoa disfuncional, essa criança tem orfandade da presença física da mãe, e tem orfandade emocional do pai. Portanto, indique para esta pessoa os florais Star Of Bethlehem para “traumas” e Honeysuckle para transformar os lixos em “pérolas”. Honeysuckle é o floral que nos tira do passado e vai para o futuro sem traumas. E como ir sem traumas? Pelo floral Star Of Bethlehem! Por isso que estes dois florais devem estar sempre juntos. Esta é uma dupla que anda sempre de mãos dadas.

Todo constelador poderia usar só estas duas essências que já estaria ajudando muito. É o ponto da constelação sistêmica: liberar a pessoa dos traumas e fazer com que aqueles traumas se transformem em recursos para ela ir para o futuro.

O Larch é um floral maravilhoso, mas raramente ele será indicado nas primeiras intervenções, pois o Larch é um floral que vai ser usado 6 a 9 meses depois, pois raramente a pessoa vai precisar usar o Larch quando se reconciliou com seu pai, com sua mãe, quando  transformou todos os sofrimentos da sua vida em pérolas. Por isso, Holly, Chicory, Honeysuckle e Star Of Bethlehen é um quarteto que acompanha a gente por uns 3 meses, no mínimo.

As mães deveriam sempre tomar Chicory, pois é um desafio ser mãe, tem que se “policiar” toda hora. Mãe é muita chata, com cobranças... Imagine um filho reclamando da mãe, tem muito que falar! Porque os pais não são perfeitos, as mães deveriam tomar Chicory para aumentar a sabedoria e também tomar Holly para manter o equilíbrio do masculino e feminino.

Tem muitas mães que são muito autoritárias; isso é excesso de energia masculina, é falta de organização da energia masculina em si, da energia do pai. Então, também precisa tomar Holly, pois é necessário este equilíbrio.

Assim, não é só “vai lá e coloca o tema pra uma constelação” - esta é uma das questões importantes que sempre lembro aos meus alunos: “constelar é completar”! Constelamos por meio de uma intervenção sensorial.  Se a constelação que você estiver fazendo não for uma constelação sensorial, não vai completar.

Se os Florais de Bach que alguém está indicando,  não tiver essa abordagem sistêmica, essa visão ampliada do sintoma e de sua causa, será apenas uma intervenção mecanicista, que poderá ajudar temporariamente, porém não ajudará nosso cliente a ir pra frente.

Portanto, quando seu cliente já estiver de bem com a vida, se reconciliou com seu pai, com sua mãe, com suas memórias transgeracionais, que não se sente mais vítima do mundo, que consegue olhar com compaixão, com benevolência para a humanidade, quando ajuda todos, pessoas, animais, se preocupa com o bem-estar ao seu redor e no mundo, essa pessoa está empoderada, está tudo bem, tudo ótimo e mesmo assim esse cliente está um pouquinho enroscado, enrolando pra tomar alguma decisão do tipo: não vai levar os papéis que estão prontos na gaveta, marca alguma data importante já discutida mas falta a atitude de oficializar, então essa pessoa pode tomar o Larch, porque aí vai, ou seja, o sintoma não é de uma memória traumática, é apenas uma “preguicinha básica” que, se o terapeuta for bem potente no uso das palavras, ele irá empoderando seu cliente por meio do diálogo.

O terapeuta, à medida que vai se aperfeiçoando mais e mais, começa a criar uma nova história, outra realidade na sua vida, de modo que as coisas que dizia antes, agora já diz de outra forma, de maneira que seu cliente alcança outros patamares de resultados que o deixam muito, muito satisfeito.

Uma aluna do curso Terapeuta Floral Sistêmico disse estar percebendo que todo terapeuta precisa se formar em Constelação Sistêmica. Concordo. Isso será um upgrade para sua vida e sua carreira. Agora, se quer potencializar de fato esse upgrade, aprenda PNL Sistêmica, porque os resultados surpreendentes de uma intervenção sensorial dependem da excelência no bom uso das palavras.

Veja: o terapeuta que está em plena sintonia com o uso das palavras, com sua missão, com seu propósito, vai empoderando seu cliente de tal modo que, talvez, nem vai precisar de usar o Larch.

Aula/Conteúdo Autoria Olinda Guedes

Permitida a reprodução desde que citada a Fonte/Autoria.


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