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PORQUE TENHO TANTOS FILHOS

PORQUE TENHO TANTOS FILHOS
OLINDA GUEDES
dez. 20 - 7 min de leitura
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Sou pretende monoparental, perfil até 7 anos aceito irmão doenças tratáveis deficiência física mas sempre vem a preocupação aquela preocupação..."vou dar conta sozinha?"

Como você enfrentou esse desafio de mudar tanto sua rotina?

Estimada Colega!

Ao ler sua pergunta sincera e disposta, penso em tantos inícios e tantas respostas, porque no mundo há tantas possibilidades, não é mesmo?

Contudo, sabemos, como dizia um grande educador, chamado Vygotsky, que a fala organiza o pensamento... e pensamentos criam a realidade, já sabemos disto.

Bem, então vou começar pela porta das palavras.

Eu sempre desejei ter filhos e sempre desejei uma grande família.  

Observe a diferença disto para:

"perfil até 7 anos aceito irmão doenças tratáveis deficiência física"

Observe o que tem implícito nestas duas afirmações.

 

Mas, estimada Colega, não foi isso que me perguntou. Sua pergunta foi:

- Como você enfrentou esse desafio de mudar tanto sua rotina?

Então, quando as crianças chegaram, quando a bebê chegou foi um "Deus nos acuda."  Eu, uma pessoa de 47 e 48 anos, já sabia de muitas coisas, que a vida é linda, divertida, etc e tudo, mas sabia também que não há almoço grátis, como dizem os americanos.

Eu tinha dezenas de horas de estrada, de chão...   pensava e deseja esta grande família há tantos anos, desde menina. Porque para mim não há alegria maior do que uma mesa cheia de família, de filhos. Não há nada mais lindo do que um abraço de bom dia, um beijo de boa noite.

Eu também sei dos desafios que é relacionar-se, liderar. Sou estudiosa do comportamento humano, sei que os desafios são infinitos. Cada dia aparece algo novo.  Cada dia aparece também uma nova alegria, um novo motivo, um novo sorriso. 

É incrível como eles crescem!

A cada manhã eles estão diferentes, mais um centímetro, o tom de voz de criança para mocinho, um bigode aparecendo, outra piada, outra canção ... até composições. Estes dias , minha moça-linda-quinzeanos-princesa-guerreira, disse: - Mamãe, tem como começar do começo? olhei curiosa. Ela explicou que queria tudo do começo para aprender bem, geografia, matemática, língua portuguesa...  

Quer coisa mais bonita?

Eu queria esta rotina!  Queria a rotina de abraçar filhos, de orientar, de ser mãe. De ficar feliz, de estar ombro a ombro com eles, de amar para sempre. De ser aceita como sou.

Eu gostava da rotina de solteirice materna, costumo dizer assim. Mas não tinha apego nem preguiça. Sempre fui uma pessoa disposta a acordar cedo, a cuidar, a zelar, a sorrir, a perdoar, a pedir perdão.

Também nunca tive dificuldade em renunciar algo, deixar de me alimentar para ajudar outrem, deixar de comprar algo para mim para amparar alguém.

Minha maior vaidade eram minhas madeixas. Gostava de cuidar delas, vê-los soltos, livres.

Logo, alguns meses depois que meus sêxtuplos chegaram, eu realizei a experiência de raspar meus cabelos.  Sim, eu queria viver isto.  Cabelos curtos são práticos, é uma gostosura.   Tem sido ótimo.

Tenho uma família linda, um pai com oitenta anos, irmãos maravilhosos. Uma bela rede de apoio.

Tenho também disposição, o que criou e cria todos os dias, condições de suprir de modo suficiente a necessidade de meus filhos.

A vida seria mais cômoda com menos filhos?  Teríamos menos trabalho?  sim, mas não é isto que eu queria.  Eu queria tudo o que significava ter uma grande família.

Muitos falam "como você é corajosa, Olinda!" Não, não é uma questão de coragem não. É questão de disposição, de querer, de amar.

Coragem é enfrentar um leão, uma prova de um concorrido concurso, saltar de paraquedas, fugir de uma barata. Coisas assim para mim envolve coragem.

Sou corajosa também, claro que sou. Porque sempre penso, diante das circunstâncias que me desafiam: sou uma pessoa ou um saco de batatas?  este é meu mantra.  

Se vocês estão pensando que sou bem humorada, sou sim. Mas sou brava também. Tem que ter pulso firme para liderar. Pessoas exigem de nós. Dá moleza para ver!  Estou rindo aqui.

Amo meus filhos profundamente, amo ser mãe.   O que mais me desafia atualmente são :

Nossa bebê que há um ano tem sofrido convulsões graves, ela tem paralisia cerebral severa.  Não há nada pior do que um filho desfalecido nos braços e você tendo que ser mãe e motorista ao mesmo tempo. Quase morri diversas vezes.  Mas, dobrar os joelhos imediatamente ao chegar no hospital, enquanto Nina estava sendo socorrido pelos anjos do Hospital Pequeno Príncipe, recobrava logo minhas forças.

Esta demanda me fez agora aprender um tipo de direção que chama-se algo com direção ofensiva, defensiva, estratégica. Busquei os melhores profissionais para me ajudar nisto, porque cada segundo importa.   Eu não aprecio dirigir apesar de fazê-lo desde os meus 18 anos. Meu primeiro investimento de remuneração recebida por meio de um estágio universitário. 

Sou movida a fazer o que é necessário.  Meus pais sempre ensinaram isto para nós.

Meu maior sonho? 

Se eu ganhasse na mega sena seria aumentar nossa família. Tenho pedido a Deus.

Mas, vou dizer a vocês: os maiores desafios em se tratando de filhos, não são exatamente eles. São os adultos !  O que existe no entorno.  Quando nossos filhos chegam, a criança-interior de todos surge como um tsunami.   Há que ter muito discernimento para lidar com eles.

Uns querem julgar, outros querem proteger, outros querem fofocar. É um angu de caroço daqueles grandes. Tem que fazer vistas grossas, rodar a baiana, se fingir de surdo, de louco, etc e tudo. 

A vida passa muito rápido meus amores para deixar nossos sonhos para depois.

Vou agora ali preparar o café da manhã para eles.

Nina me acorda sempre de madrugada, aproveito para trabalhar um tanto.

Filhos mudam nossas vidas. Você está disposto?

 

Ah, Feliz Natal, boas festas para todos, abençoado novo ano.

OLINDA GUEDES é mãe da Nina  e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras.  É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, e quem sabe mais alguns e quatro anjos no céu.

Ama viver e mimar seus lindos filhotes.

Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola Real de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.

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