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PRIMEIRA PUBLICAÇÃO

PRIMEIRA PUBLICAÇÃO
Raquel Fernandez Diniz Costa
jan. 13 - 4 min de leitura
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Não sou de escrever, e não gosto muito de falar de mim, sempre me incomodou e hoje descobri o porquê. Apesar de já estar matriculada a quase 20 dias, hoje é que efetivamente comecei o curso e assisti sem perceber todo o módulo 1.

Me enxerguei em algumas coisas, percebendo que na realidade já sabia mas como disse a Profa. Olinda, eu guardava debaixo do tapete. Percebi a Constelação como uma forma lúdica e mais fácil de apenas reaprender o que tanto já nos foi ensinado por Jesus, por Kardec muitos anos depois, pelo nosso generoso Papa e todos aqueles que entendem que só o amor em sua plena forma nos torna felizes, que tudo o mais só atrapalha nossa existência aqui nessa viagem de aprendizado chamada Terra/Gaia.

Essa pandemia trouxe em muitos de nós a busca por esse tipo de conhecimento e me incluo nela. Hoje tenho tempo de pesquisar e estudar. Para mim busco uma paciência que nunca consegui ter e que sei estar em algum lugar que ainda não acessei.

Desde que nasci, escuto da mãe e da avó, esta já falecida, que eu chorava no ventre. Meu pai se suicidou quando eu tinha 2 anos e pelas historias estávamos apenas nós dois no apartamento e eu vi tudo. Claro que está bloqueado na minha mente e eu não lembro.

A família dele acusa minha mãe de culpada e por diversas razões cortei relações com eles. Não casei, nunca achei alguém com quem quisesse dividir minha vida (a mãe casou diversas vezes, sempre por dinheiro, para ela isso é tudo) mas vida financeira foi difícil. O Collor nos deixou sem dinheiro, fui morar com a minha irmã (fui trabalhar para ela), cuidava da casa e ela me dava comida, roupas, etc... até o dia que enxerguei que ali era apenas uma empregada.

Fui embora.

Fui trabalhar e aos poucos eu e minha mãe fomos nos mantendo, hoje moramos em casa própria, temos certo conforto, tenho um bom trabalho e não passamos necessidades, porém sem luxo. Dinheiro é feito para nos dar isso, certo conforto. Nunca fui ambiciosa.

Fui obesa durante a juventude, fiz bariátrica há 10 anos e hoje estou bem comigo, mas não sou magrinha, não me gosto muito magra. Sempre fui feliz, gostava da vida que tinha e tudo bem. A falta do meu pai já não me faz tanto mal, o perdoei, também perdoei a minha irmã. Eu sei que não tenho problema em perdoar e seguir em frente, descobri como isso faz bem para nós.

Mas... hoje estou enfrentando o maior problema da minha vida porque creio que a mamãe desenvolveu Alzheimer. Simplesmente não sei lidar com isso, me preparei para perdê-la, mas não para não tê-la lúcida.

Nesse momento que paciência está me fazendo falta. Por mais que eu tente, ela consegue me tirar do centro todos os dias e isso acaba comigo. Eu preciso dar apoio, entender, mas não sei o que fazer e nem por onde começar.

Só sei que tenho que fazer. Apesar de todas as desavenças eu amo a mamãe e quero ajudar da melhor forma possível. Se até o final desse curso eu conseguir isso, direi que valeu a pena.

Eu precisava pôr isso para fora, obrigada!

 

O infinito é a nossa casa eterna...  ♡ ♡ ➳♡ ゛。✧♡  ♡♡


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