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PRIMEIROS AMORES SISTÊMICOS DE NOSSOS CORAÇÕES

PRIMEIROS AMORES SISTÊMICOS DE NOSSOS CORAÇÕES
Thonia Cruz
jul. 4 - 7 min de leitura
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É preciso ter uma paciência de passarinho para o ouvir dos trovões pois há ventos que trarão algo muito único, especial e profundo de terras afastadas de outrora.

Deixe-me apresentar para você: Meu nome é Thonia, tenho 35 anos, sou a terceira, somos em 3 aqui. Minha primeira irmã, esta no céu, meu irmão do meio tem dois anos a mais que eu, nos damos bem.

Agora é dia 3 de julho, e hoje, pela primeira vez, minha mãe trouxe-me um saco de cartas da minha adolescência. Hoje, eu decidi fazer um movimento para me aproximar do meu anjo da guarda, me inscrevi em um movimento para isso e desde então, estou ansiosamente feliz e animada com o que me aguarda, mas algo diferente aconteceu hoje.

Percebi uma necessidade doida pelo sol, pelos chás quentes, pelas comidas quentes (Aprendi que o nome delas são “CONFORT FOOD”... Achei tão fino chamá-las assim hahaha).

Enfim, eu sou uma mulher selvagem com sangue indígena e europeu e, o coração, morando em um teatro municipal de São Paulo.

Noite passada sonhei com MEU PRIMEIRO namorado, meu primeiro amor...

Achei tão lindo. Eu estava em uma casa, senti que era minha, e ele, já estava casado com uma moça e tinha um bebe desse casamento, nesse sonho, eu estava abrigando-os na minha casa e estávamos todos bem com isso.

Acordei reflexiva, meus sonhos sempre trazem alicerces preciosos para minha direção terrena, para a direção humana... E assim foi.

Conectada com o sonho e olhando alguns seguidores, acabei chegando para os stories de uma moça que estava dentro do casamento do MEU SEGUNDO namorado.

Dei risada, fui muito apaixonada por ele mas hoje não sinto absolutamente nada. Achei curioso chegar nas imagens do casamento dele, JUSTO HOJE.

Após lavar a louça e rindo sozinha sobre o sonho da noite, comentei-o rapidamente para minha mãe, ela sorriu e voltou com algo grande nas mãos. Era um grande saco cheio de cartas... Disparou: "Separei o endereço da sua amiga de infância de Brasília que você queria, lembra? Está com esses papéis..." E apontou para um montinho separado.

Eu sentei no sofá com todas essas lembranças e pensei: “Que coisa, estou aqui morando com ela há 4 anos e hoje, no dia do aniversário do meu pai, no dia que resolvi fazer uma jornada de anjo, no dia que sonhei e estou conectadas com meus antigos amores, essas cartas aparecem.” EU RI.

Percebi que deveria ter uma conversa comigo e com as cartas em um local privado então, como uma adolescente rebelde, arrastei o saco até meu quarto.

E adivinhem qual a 1 folha de milhares, chegou as minhas vistas e na minha mão:

Uma descrição com uma situação do meu pai e O PRIMEIRO namorado. Na minha descrição apareceu esse PRIMEIRO namorado como um anjo, como algo muito especial, na minha consciência de 13 anos. E, depois de algumas folhas, quais cartões cheios de corações chegam até minhas mãos?

DO SEGUNDO namorado, todo apaixonado.

Eu pensei: “Entendi.”

Vieram muitas lembranças muito chiques sobre essa época de adolescente.

Ler todos os cartões dos dois... Foi tão significativo. Porque após meu envolvimento com os dois, eu conheci meu ex-marido, e fiquei com ele por 13 anos.

O que ficou em mim foi: “Porque de fato , paramos de nos comunicar com o antigo?”

Eu juro, esse saco me deu calafrios...: “Como assim descobrir mais sobre mim?”

 Ando tão atarefada com as novas descobertas espirituais... Cacoei de mim mesma.

Enfim... E foi lindo.

Separei tudo, e consegui resgatar vários diários da minha adolescência. Inclusive li alguns e fiquei chocada com o comportamento lido. Foi uma leitura muito preciosa sobre a menina que fui.

A coragem, ousadia, rebeldia com intenção, liderança, desprendimento,  sempre fizeram parte de mim. Creio que uma parte disso, que me fez esquecer, veio me dizer:  “Sua liderança não estava utilizada de forma humanitária.”

 Doeu ouvir isso de mim mesma em mim.

 Como uma empresa que você abre e tem de fechar as portas porque o ponto escolhido não era promissor, foi exatamente assim que me senti lendo as linhas com os valores e princípios estabelecidos que tenho hoje.

Enfim, eu estou ainda coagida em transformar meu jeito de falar com as pessoas utilizando uma comunicação leve (Que foi um chamado forte para estar aqui com a Olinda.), a percepção acolhedora (Eu sempre tenho em mim que as pessoas possuem uma fortaleza como eu, e, fico sempre me achando “fria” com algumas situações.) e uma eterna busca por me permitir ser intensa, profunda, sem que custe a mim a ninguém a minha volta.

Existe um retorno, inconsciente, de restaurarmos o antigo. O novo sentirá uma brisa para os ventos que vem de longe mais cedo ou mais tarde... Porque de ambos, haverá uma construção com estruturas firmes, inovações leves e uma delicadeza amorosa de se continuar a jornada.

Esse meu primeiro namorado, era um anjo mesmo... Lembro de senti-lo apaixonado por mim e eu por ele, mas, eu percebia que não seria com ele que minha jornada a dois se daria.

Sentia uma grandeza vinda dele igual a dos anjos. hehe Mas, a minha ressonância, talvez, possa-te assim dizer, a minha inclinação... Se nutre de jornadas com uma profundidade sedutoramente desafiante. As águas tranquilas e calmas dele, me foram tomadas através do meu primeiro contato com a sexualidade, relacionamento de casal e amadurecimento feminino mas, eu sentia, era isso.

Esse sentimento era constante, mas continuava minha jornada com ele... No diário aparece ele vindo até o colégio para me ver e tudo, sendo que ele morava em Florianópolis e eu, em Itapema. Lendo as cenas, fiquei reflexiva: Nós nos separamos e eu o abandonei... literalmente.

Essa frase ficou ressoando em mim. Como uma estaca. Minha super confiança pode tê-lo metralhado por dentro...: “Que situação foi essa, Thonia?”

Lacrimejando e disse-me em um tom de fala, pensando nele: “Sinto muito na dor que lhe causei. Eu vejo a sua dor.”

Há poucos minutos, senti de rever uma constelação com Olinda gravada aqui, mas, os ventos trouxeram-me a escrever aqui para nós.

Os primeiros amores são tão preciosos... Tem uma força de atuação tão desbravadora e corajosa, afinal de contas, eles foram os primeiros... Eles abrem caminhos.

Como um primeiro filho, que passa pelo útero de sua mãe, limpando-a e deixando o útero maduro para que os próximos venham.

Lindos e importantes primeiros amores, eu vejo vocês.

Beijos de primeiros amores,

Thonia.


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