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Quando não é possível atender um cliente?

Quando não é possível atender um cliente?
OLINDA GUEDES
set. 28 - 4 min de leitura
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"Se percebemos que não há conexão por qualquer motivo podemos dizer que não será possível realizar a constelação?"

Amados! 

Essa é uma pergunta muito relevante. Impossível responder somente com sim ou não. Por quê?

Porque são vidas em nossas mãos. Vidas, experiências, emoções e expectativas.

Quando penso na obra de Jean Yves Leloup tenho certeza absoluta que o encontro terapêutico é um encontro sagrado. Sagrado porque tocamos destinos. Tantas centenas de milhares de memórias, de códigos, de informações estão diante de nós. Fazendo um pedido consciente:

- ajude-me a ter prosperidade!

- sou eu que não tenho sorte ou todo mundo precisa de um amor?

- minha mãe não me aceita, sofro tanto.

- não consigo ganhar dinheiro.

- etc, etc, etc...

Contudo, além do aparente, o pedido é único: Cuide de mim, ajude-me. Ajude-me a ser feliz, próspero e saudável.

Se o terapeuta tem essa percepção acerca de seu trabalho e de seu servir, sua conduta será sempre que meu cliente volte para sua vida sempre de coração pleno de amor. Mãos felizes porque encontrou algo que fez a existência lhe acenar com gentileza.

Portanto, é fundamental que um terapeuta (constelador) aja sempre inspirado no todo, em sintonia com o todo, com o nós. Que seu corpo de dor esteja tão curado que ele seja capaz de acolher e ajudar curar e transformar em pérolas. Difícil? Sim, se este terapeuta não estiver também suficientemente curado. Se terapia for um recurso lindo somente para seu cliente. Tenho dito: se é tão bom para o cliente, que tal o terapeuta também usufruir disso? Certeza absoluta: todo terapeuta precisa de terapia. E também supervisão.

Para ter é preciso abastecer-se, estar vinculado a uma fonte daquilo que se deseja.

Sim, você pode dizer ao seu cliente: “Sinto muito, por motivos de minha fragilidade, de meu desenvolvimento, não tenho como continuar lhe atendendo agora. Você me perdoa? É algo totalmente meu, não diz respeito ao que se passa consigo. Quero que seja feliz, que encontre um terapeuta que toque adequadamente essa situação e lhe entregue o que você merece.”

Isso precisa ser dito... se for, com muita gentileza, altruísmo, humildade, serenidade. Porque se nos colocarmos no lugar do outro saberemos o que isso significaria para nós. Nem preciso dizer que não se deveria cobrar um único tostão numa circunstância tão desconfortável assim.

Graças a Deus, em minha vida como cliente, jamais passei por isso. Eu não sei como lidaria. Creio que seria tão dolorido para mim. Porque se constelar é completar, qual é o impedimento que um terapeuta teria para ajudar seu cliente a sentir-se melhor? 

Entretanto, já tive muitas e muitas vezes de precisar adequar meu trabalho, minhas palavras, minhas ideias a respeito do que falar, de como conduzir, então, segui com o cliente em seu mapa de mundo e tudo deu certo. Muito certo, graças a Deus. Meu interesse em primeiro lugar sempre foi servir, cuidar do ser. Foco no propósito. A métrica terapêutica teve sempre essas premissas como prioridade.

Não podemos atuar com uma ferramenta sistêmica de forma mecanicista, seria um grande desperdício.

Ontem eu tive uma aluna em supervisão que disse: eu constelo com clips. Uso clips, funciona! Sim, claro, eu disse: importante é o vínculo. Jamais a técnica foi maior que o relacionamento. Bom relacionamento é tudo! Quanto aos recursos devemos usar aqueles que forem mais apropriados ao contexto. Realmente, no mundo organizacional, em reuniões com executivos provavelmente algo menos romântico demande menos malabarismos do profissional.

Enfim, desejo amor para todos os terapeutas. Sim! Que a vida lhe ensine e inspire: servir sempre! Que cada um que venha até nós possa sentir-se melhor e mais feliz.  É para isso que estudamos sem parar: para aprender cada vez mais ferramentas poderosas de ajuda.

 

OLINDA GUEDES é mãe da Nina e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras.  É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, e quatro anjos no céu.

Milton Erickson é um de seus mestres. Com ele aprende sempre a arte das palavras.

Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.

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