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Quatro passos a frente, dois atrás?

Quatro passos a frente, dois atrás?
Simone Belkis
jan. 9 - 3 min de leitura
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E eu sigo tendo minhas percepções nesse caminho que escolhi para buscar evoluir. E aprendi mais uma. Vamos à ela.

Estou num processo terapêutico de alguns anos já, e com isso consegui encontrar a base de todos os erros que foram se acumulando com o tempo em minha vida. Demora um tanto para encontrar a raiz profunda de nossas mazelas, mas a gente acha, quando se dedica sinceramente a isso.

Em outro artigo já falei sobre isso. A carência afetiva é a base das dores de praticamente todos os seres humanos, salvo aqueles "sortudos" que se sentiram amados desde sempre. 

Isso não é novidade, já sabemos que o amor é a busca infinda do ser humano e que nossa cultura através dos séculos (Amém) foi deturpando as belas imagens do amor incondicional.

Nesse processo, fui caminhando a passos lentos e difíceis de dar. Eram quatro passos para frente e dois para trás. Desanimador, às vezes. Mas, sou perseverante. E assim, fui percebendo aos poucos as mudanças e até uma certa facilidade em rever conceitos e mudá-los rapidamente. É claro que vale esclarecer que essa facilidade vem depois de um solavanco um pouco acentuado. De qualquer forma, a compreensão de como funciono, foi clareando o caminho e me levando a perceber pequenas e, quase sólidas, mudanças.

E o mais interessante foi me dar conta de que em situações mais difíceis de lidar, ou de abrir mão daquilo que parecia ser a garantia do fim da carência, pude enxergar, lidar com a situação, mesmo sem ter o total domínio dela. Tipo, estou aqui presa a algo externo que me "preenche", não quero soltá-lo, mas sei que isso não me serve e tenho consciência disso. Abre-se então uma porta para uma saída digna. Nem sempre fácil.

Esse é o segredo, ter consciência. Não se obrigar a fazer o que ainda não pode, mas saber que já está mais próximo de poder abandonar o objeto (seja ele o que for, pessoas, situações, coisas materiais) do que ser dominado pela necessidade de tê-lo.

Parece muito simples, e sim, é simples. Porém, muito difícil. É como pedir a alguém que entregue sua garantia de vida em troca de uma promessa. Por isso, parece tão difícil.

Mas, a carência, que pode ser de qualquer coisa, mostra mesmo o vazio e o potencial de preenchê-lo, tipo dois em um, é ver a dor e a cura exatamente no mesmo lugar, bastando criar uma nova consciência. Leva tempo, dói, mas ao final daremos mil passos, sem voltar nenhum.


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