E quem nasceu para “cuidar do ser”, não encontra outro caminho
A não ser importar e servir.
E quem serve toma para si a missão de ajudar,
Mas ajuda sem tomar para si a dor que não lhe pertence,
Pois quem adoece da doença do outro enfraquece,
E o terapeuta é humano mas não tem que ser fraco.
O fraco não consegue tomar a realidade como ela é,
Muito menos olhar o sofrimento como um todo,
Num contexto que não vive só de queixas.
É preciso ser forte para dar um bom lugar no coração,
Sem julgamento e saber quando pode ajudar ou não.
Essa é a gramática, uma gramática que não tem ponto final,
Mas tem muitas vírgulas, pois o tempo e o dinheiro, o falar ou o calar,
O sorrir e o chorar, tudo é Campo e o Campo está sempre a informar.
Nessa Gramática cabe muitas frases e as frases necessitam de palavras,
Como dizia o poeta que virou passarinho - Manoel de Barros,
“Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira”...
E nessa gramática poetizada a palavra serve para trazer o Pertencimento, levar a Compensação e manter a Ordem.
Só assim ela pode construir a ponte de Coração para Coração.
Mas é preciso ter cuidado e cuidados pois conhecimento é jornada
E o percurso necessita de orientações e mapas,
Por isso “queria que a minha voz tivesse um formato de canto” para assim ser seta no caminho do pecador que quer ser santo,
Mas aprendi com o meu “poetinha”, aquele que invocava “Nossa Senhora da minha Escuridão”,
Que “A maior riqueza do homem é sua incompletude”,
Então conformo-me em não ser perfeita.
“Antes feito que perfeito” ouvi dizer a mestra.
Nesse caso,
Contento-me em aprender constelação e
Fazer das constelações um estilo de vida,
Vida esta que ficou mais saudável, próspera e Feliz
Depois de Olinda Guedes, mas nem por isso quero “ter alta”,
Sigo estudando porque aprender me faz sentir amada
Os amados amam e quem ama se importa
E “quem se importa serve”.
