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Re-leitura do exercício da meditação pelo olhar de Bert Hellinger

Re-leitura do exercício da meditação pelo olhar de Bert Hellinger
Sandra Suely Soares Bergonsi
ago. 22 - 3 min de leitura
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Re-leitura do exercício da meditação pelo olhar de Bert Hellinger

Sandra Suely Soares Bergonsi

A meditação tem definições relacionadas aos contextos filosóficos e religiosos em que acontece a sua prática. Por conta disso, foquei uma breve pesquisa sobre o tema na literatura.

As atividades de constelações fundamentados no método desenvolvido por Bert Hellinger são sempre permeadas pelos exercícios de meditação. Eles nada mais são do que oportunidades de reflexão sobre o tema que visita nossa mente, nosso corpo e nossas emoções num movimento de acolhimento daquilo que está para ser curado.

Segundo Hellinger, “estes momentos nos oferecem a oportunidade de fazer um percurso pelo interior de nossos corpos, mentes e corações até chegar ao lugar onde melhor podemos encontrar com a alma e o espírito que nos animam”.

As meditações, nessa perspectiva, podem vir por meio de textos desenvolvidos especialmente, músicas cujas letras sejam inspiradoras e poesias que remetem às ordens do amor e de ajuda. A importância desses  exercícios reside na potencialidade de levar o indivíduo ou o grupo a reflexões mais profundas, desenvolvendo a qualidade da concentração, atenção e o encontro do sujeito consigo mesmo.

Os exercícios meditativos tem a capacidade de nos elevar à transcendência da nossa qualidade humana do julgamento sobre o outro e sobre nós mesmos. Se pensamos, conforme Hellinger, julgamos.  

A elevação do ser que medita está ligada a um momento de reflexão profunda, que distancia cada vez mais dos julgamentos e aproxima da possibilidade de olhar para dentro de si, como totalidade e não um movimento dicotômico polarizado certo- errado. Esse é o movimento de aceitação do “ser como é.” Chegar nesse estágio é abdicar do julgar e acolher no seu íntimo o aceitar como é o ser e a si próprio. Para Hellinger, isso é viver ou ver a si e ao outro corretamente.

No livro “A fonte não precisa perguntar o caminho”, Bert Hellinger traz aos estudiosos e leitores a reflexão sobre a necessidade de avaliar os nossos julgamentos. A avaliação é fundamental para o desenvolvimento da qualidade dos nossos repertórios junto aos relacionamentos humanos. A qualidade da consciência diz que as diferenciações polarizadas fazem parte do repertório dos relacionamentos humanos com uma função específica ou especial: nos ligar a nossa família ou nos afastar de outras pessoas, famílias e grupos familiares.

Assim, quando permanecemos no movimento de julgar o bem do mal, dentre outras diferenciações polarizadas, a exposição da nossa boa ou má consciência torna-se inevitável, independente da nossa permissão. A boa consciência se forma e existe quando sentimos que pertencemos a nossa família e assim conseguimos reconhecer as boas qualidades em outros grupos, religiões, valores, culturas. Dessa forma, nos aproximamos e nos ligamos a profundidade do ser. O que não acontece com a nossa má consciência.

Os exercícios meditativos assim propostos são terapêuticos já que nos levam ao encontro dessa profundidade do ser, bem como ao processo de transformar a má consciência em boa consciência.

Referências

Este texto teve como inspiração textos de Bert Hellinger

Textos e anotações de Olinda Guedes

A obra “A Saga do Yoga”de Laura Packer

 


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