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Regressão em Psicanálise Freudiana

Regressão em Psicanálise Freudiana
Vicente Duarte
jun. 22 - 3 min de leitura
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Regressão em Psicanálise Freudiana

A regressão, em psicanálise, ou nas terapias de cariz psicanalítico, é considerada como um mecanismo de defesa.

Definição de regressão na Psicologia de Freud (Psicanálise)

Regressão como mecanismo de defesa do inconsciente envolve o retrocesso, ou regresso, ainda que momentâneo (mais ou menos demorado) a uma situação de conforto (hipotético) anterior, portanto, uma fuga à situação atual que é vivida como dificilmente suportável. Nessa condição, o adulto, ou outra qualquer idade, adota comportamentos e, até, atitudes e estilos de vida, correspondentes a uma idade anterior à atual biológica e psicológica.

O comportamento regressivo pode ser simples e inofensivo, como uma pessoa que está sugando uma caneta (como uma regressão freudiana para fixação oral), ou pode ser mais disfuncional, como chorar ou usar argumentos petulantes...

Exemplos de regressão psicológica

  • Uma pessoa que, quando debaixo de grande sofrimento, se enrosca no sofá, ou na cama, adotando uma posição fetal, chorando e agarrando-se a uma almofada.
  • Uma criança que, sem ninguém prever, de repente começa a fazer xixi na cama quando, por exemplo, tem já, 5 ou 6 anos, (ou mesmo mais velha) está a dar uma resposta típica para a chegada de um novo irmão, revelando o desconforto de, para ele, ter sido relegado para segundo plano.
  • Um jovem adulto que, quando sai de casa dos pais para ir viver sozinho, tem o cuidado de levar alguns brinquedos de criança que coloca a enfeitar o seu quarto de dormir ou coloca na sua secretária de trabalho.

Assim, comportamentos que, no dia -a- dia, encontramos no espaço público, podem indiciar regressões a estádios anteriores do desenvolvimento psicológico.

Os estágios do desenvolvimento psico - afetivo, incluem o desenvolvimento oral, o anal e o genital.

Quando o stress da vida atual é demasiado pesado, poderemos ter a tendência a regressar a um desses momentos que, quando bem vividos, se revelam, hoje, como zonas de conforto.

Assim, como exemplo de regresso a essas fases, podemos observar:

  • Fumar ou comer demais, ou, ainda, ações vocais incluindo abuso verbal. Poderíamos admitir o regresso a um tempo em que a oralidade era um momento de bem-estar;
  • Comportamentos como arrumação e meticulosidade excessivas, podem ocorrer,  sendo conhecidos, quando muito graves, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo; também, a extrema regularidade, a avareza, ou ainda, aqueles que levam à crueldade,  remetem para a fase do desenvolvimento anal, em que a criança se “divertia” exercendo o controle do corpo para controlar, ou dominar, os adultos.
  • Quando há um regresso à fase Fálica, o disfarce dos impulsos sexuais leva à transformação da energia psíquica em sintomas físicos que podem manifestar-se na chamada histeria de conversão que pode aparecer, tanto em mulheres como em homens. De um modo geral, são manifestações que não conseguem que os sintomas tenham um suporte físico efetivo, ainda que, por exemplo, a pessoa possa apresentar-se sem capacidade para ver, estar cega.

Vicente Duarte

 


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