Não há dúvidas de que encontrar um parceiro que acrescente é quase como achar uma agulha num palheiro, mas o que efetivamente torna os relacionamentos difíceis?
Pessoas carentes, que trazem consigo memórias de abandono, de falta de carinho e amorosidade em suas vidas ou de seus familiares. Pessoas que tiveram vínculo de amor interrompido, que sofreram maus tratos, viveram sob forte opressão ou se sentiram excluídas e que buscam no outro o que não encontram em si próprias.
Pretendem encontrar nas pessoas com as quais se relacionam sua força, sua alegria, sua vontade de viver, sua felicidade. Quando apaixonadas, se sentem felizes, cantam, dançam e brilham.
Essa percepção distorcida de que a felicidade vem do outro as torna muito vulneráveis e suscetíveis a grandes paixões, geralmente por pessoas tão ou mais sofridas de que elas próprias. Em pouco tempo, os defeitos do outro deixam de ser fofos e percebem que o relacionamento foi um erro.
Assim inicia o martírio, já que o parceiro(a) é culpado de não ter fome, de não conseguir dormir direito, de suspirar pelos cantos, de sofrer, de não trabalhar fora, de trabalhar tanto, de brigar com os filhos, de estar com os nervos em frangalhos.
O sexo, se lembra, sempre foi ruim.
Separar? Mas viver sozinha é muito pior. Olinda diz que "adulto não abandona adulto", deixe ir ou vá você. Filhos precisam de pais funcionais, aptos ao amor. A separação é do casal e não dos filhos.
A felicidade deve ser um achado dentro de cada um de nós e devemos entender que somos os únicos responsáveis pelo nosso bem estar. Nascemos completos e nosso parceiro(a) é só a cereja do bolo. Se estiver ruim, não coma.
