No relacionamento de meus avós maternos pude observar muito amor para mim como neto. Meu avô, descendente de italianos, era machista, durão, daqueles que foi do exercito, boxeador. Tinha varias histórias a contar, inclusive de coisas erradas que havia feito na vida. Gostava de briga de galo e cortava cabelo como profissão. Era cabeça dura.
A minha avó guardava muita mágoa, coisas profundas e sentimentos de culpas. Sempre mais quieta e de pouca fala, também guardava seus segredos, mas independente do que eles carregavam enxergava o essencial.
Tenho em meu coração meu avô e minha avó com muito amor e carinho.
No relacionamento dos meus avós paternos eu pude crescer com a vó que tem ancestralidade indígena, uma mulher prática, sem frescura e com olhar voltado à vida. Pode criar seus nove filhos e mais dois de criação.
Ela sempre foi disponível e com a casa sempre aberta. Nunca faltavam as coisas para se alimentar. Não conheci o meu avô.
Meu pai me ensinou e foi meu exemplo, posso ver o quanto era forte e fez seu papel. Sou grato a essa geração que passou o que passou para estarmos aqui.
No meu relacionamento atual sempre acreditei na busca por ser melhor e também acreditei que isso seria possível para a minha namorada, noiva e hoje esposa.
Graças ao todo e principalmente ao nosso filho encontramos o caminho terapêutico para nos curarmos, em prol de um relacionamento mais equilibrado, de amor mais carinhoso. Noto que sou um homem mais feliz, realizado e cheio de sonhos ao lado de minha amada, dando amor de graça a nova geração.
Gratidão por esta consciência plena do aqui e agora com muito amor por estes relacionamentos.