PAI
Não sei muita coisa sobre a infância, adolescência, a vida em si dele, pois não convivi com o mesmo, o que sei é o que algumas tias me contaram.
Eram em 15 irmãos, que acabaram um criando o outro, como eram em muitos e meus avós tinham que trabalhar na roça, não havia tempo para os cuidados esperados.
MÃE
Ela sempre conta que apesar de uma infância difícil onde tinha que ajudar em tudo assim como seus 3 irmãos, havia muitas brincadeiras e traquinagem. Minha avó apesar de não ter estudo algum, sempre educou os filhos em como sentar à mesa, como se portar na frente das pessoas, em como sempre falar correto. Quando se formou no ensino médio e entrou para a faculdade de história, conheceu minha tia, a qual meu pai sempre ia buscar, assim eles se conheceram, se apaixonaram e minha mãe engravidou e assim foram obrigados a se casar.
Minha mãe não fala muito de como foi o casamento, viveram juntos por 8 anos e tiveram duas filhas.
Eu sou a mais nova, meu pai saiu de casa quando eu tinha apenas 9 meses de vida, em meio a muitas brigas, alcoolismo, traições e ameaças de morte. Minha irmã nunca me falou como ele era como pai, minha mãe nunca falou com ele era como marido e eu cresci sem saber o que sentia por ele.
Depois de anos soube que fui concebida no intervalo da cartela de anticoncepcional, não fui planejada e muito menos desejada, e ainda fui rejeitada pelo meu genitor, que nunca voltou e nunca quis saber mais de mim ou de nós.
Cresci com esse sentimento de rejeição, hoje é assim que defino meu sentimento por ele, e com isso atraio relacionamentos abusivos, homens comprometidos, problemáticos. Me tornei “autossuficiente”, tenho dificuldades quem conservar vínculos, me cobro demais e acredito que vou morrer sozinha.
Estou em busca da minha cura, da cura do meu sistema e ajudar a quem puder.
Gratidão Pai e Mãe.