Quando conversei com a cliente P. (a inicial é para preservá-la), fiquei tocada pelo fato de ela e a irmã não estarem conversando. Percebi que P. gostaria de resolver a situação, pois estava muito triste com o distanciamento da irmã. Os conflitos vinham de mais tempo...
Ao pesquisar a história familiar, percebi que o padrão de conflito entre irmãos se repetia há algumas gerações. Segundo a nossa mestra Olinda Guedes, quando há conflito entre irmãos, há excluídos.
O fato que me chamou mais a atenção da história familiar foi o falecimento da avó materna aos 30 anos de idade, durante o parto de sua quinta filha, que também faleceu. Depois, a cliente disse que o nome dessa filha foi dado, pelo avô materno, a outra filha, no segundo casamento dele. Apesar disso, senti que a bebê não nascida ainda estava excluída e que poderia ter sido inconscientemente acusada pela morte de sua mamãe.
A irmã com a qual P. estava tendo conflito também é a quinta filha.
Durante a constelação, ficou claro que a irmã realmente estava emaranhada com sua tia não nascida. A representante da irmã estava muito agitada e desconectada de si mesma. Havia intensa dor…
Inicialmente, todas as representantes sentiram ânsia e frio…
Em algum momento, a cliente me disse que queria a presença de suas outras irmãs na constelação. Neste mesmo momento, uma pessoa ligou a câmera, pois estava em ressonância com o campo. Perguntei se ela poderia representar as “irmãs” e ela disse que sim.
Todos ficaram felizes e aliviados com a inclusão dessas “irmãs”. Eu imaginava que se tratava de muitas e muitas irmãs excluídas, esquecidas…
Após as falas de cura entre a Irmã e a Tia, houve lágrimas de transmutação.
Susy observou que as Irmãs também representavam os antepassados esquecidos, que ficaram na Itália. A cliente havia nos contado a triste história de que seu bisavô paterno viajou de navio da Argentina acreditando que voltaria à Itália. Porém, o navio parou em Santos e ele teve que se instalar. Nossa, que dor… imagino que o sentimento dele tenha sido de traição…
Ao final, o Eu e a Irmã se reconciliaram e abriram o coração, de forma genuína. Fiquei arrepiada e senti como verdade.
Agradeço mais uma vez pela oportunidade de estar a serviço e de aprender mais!
A música final foi essa:
“Irmão vento, irmão sol, irmã lua
irmão lobo, tu és meu irmão
Rouxinol, sabiá, criaturas de Deus
Somos obras de suas mãos…”
Obs.: o texto foi publicado com a autorização da cliente.