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Respeito é bom e todo mundo gosta

Respeito é bom e todo mundo gosta
Simone Belkis
jun. 3 - 4 min de leitura
010

Eu tenho observado nas relações sociais um tanto de falta de respeito pelas opiniões e ações das pessoas. Estamos em tempos difíceis, é verdade, mas ainda assim não se justificam comportamentos como esses em sociedades ditas civilizadas.

Mas, o que é o respeito? Eu diria que ter respeito é ter consideração pelo outro e por si mesmo. E entendo consideração como uma forma de olhar o outro de modo inteiro. Ou seja, olhar a pessoa, suas necessidades, seus valores e etc.

Eu fui criada em uma geração em que os pais tratavam as crianças mais como propriedades do que como seres conscientes. O respeito era sinônimo de obediência cega, surda, muda e, se bobear até, manca. Tinhamos o direito de permanecer calados para nossa própria segurança. Os pais partiam do princípio que como proprietários dos filhos (e isso era até inconsciente, muitos pais jamais admitiriam ter essa visão) poderiam decidir seus destinos ao seu bel prazer ou suas limitações.

Nós crescemos, e muitos passaram a tratar seus próximos (inclusive os pais) da mesma forma. E por quê? Porque a educação em muitas de suas nuances é uma via de mão dupla, e no caso do respeito é bem isso.

Quando somos apenas crianças, recém-chegadas a esse mundo imenso, não temos uma noção clara de quem é quem ou que é o que. Com isso, faz-se necessário estabelecer limites, não esquecendo que as novas gerações têm perdido muito pela falta dos mesmos. 

Porque o limite é necessário, mas de acordo com as necessidades e a essência da criança, e não para suprir as carências e as vontades de seus educadores. O respeito parte da colocação saudável dos limites e da compreensão real das necessidades do educando. As pessoas não são iguais, precisam ser olhadas uma por uma.

Nos dias de hoje, o que vemos não são adultos discutindo opiniões sobre os temas cotidianos, políticos, econômicos, e sim um bando de crianças mal educadas gritando impropérios, como seus pais faziam quando elas não os respeitavam.

Que me perdoem os (meus) pais e os educadores, pois que essa é uma dura e triste verdade. Enquanto adultos, somos o reflexo daquilo a que fomos condicionados. É bem verdade que muitos se portam bem até onde o seus limites estressados os permitem, mas boa parte já extrapolou as estribeiras.

O respeito, como via de mão dupla que é, tem como base o entendimento do mínimo de essência das pessoas. Temos o entendimento que respeito é obediência, não-questionamento e um baita controle sobre as emoções, quando na verdade respeito é a arte da aceitação e da adaptação às partes que integram a vida. Por exemplo, os pais podem ensinar a seus filhos a privacidade, respeitando a deles, podem ensinar aos filhos a verdade, não mentindo para eles. E por aí vai. É bem certo também que fazer isso exige dedicação e muito, muito amor. 

É sabido também que não é possível ensinar aquilo que não se sabe, e o autorrespeito também nasce quando aprendemos a lidar com os limites que devemos colocar para nós mesmos.

É muito triste observar nas redes sociais, por exemplo, a onda de desrespeito que se espalha, servindo de mau exemplo para as novas gerações. As críticas deveriam ser bem-vindas e seriam bem-vistas, se fossem ao menos vestidas de um pouco de respeito, sem xingamentos, opiniões agressivas, desqualificando não apenas as ideias, mas aqueles que as expressam. É uma pena perceber que as pessoas, ainda que adultas, não aprenderam bem a lição de casa que diz: "Que respeito é bom e todo mundo gosta".

 


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