É fundamental nos atendimentos que o terapeuta toque o coração do cliente e existem muitas ferramentas, recursos para ajudar uma constelação acontecer. A constelação na água é uma delas. É importante termos em mente que “cura é jornada”.
Não sejamos consteladores mecanicistas, devemos complementar nosso atendimento dando tarefas ao cliente, indicando um livro, massagem, floral... acompanhá-lo após a constelação para orientá-lo diante dos movimentos, ressonâncias sentidas após constelação.
Na segunda aula do décimo módulo refletimos sobre a importância do tempo na realização dos milagres, não o tempo do relógio, mas o tempo do coração que é a serenidade, o tempo quântico, o tempo sem tempo, sem ontem e sem amanhã.
É estarmos em sintonia com a perfeição, e essa sintonia nos permite entregar ao cliente tudo aquilo que o campo nos entrega para curar um sintoma, pois sintoma é um sofrimento resistido não experienciado, é um amor interrompido.
Por isso as constelações nos pedem que usemos mais o coração do que a mente cartesiana. A constelação começa quando aquele que carrega um sintoma sente um desejo profundo de milagre.
Vimos que a vida é uma grande e constante constelação. Nesse constelar vivemos experiências importantes que vão reverberar por toda a vida. A mãe da a luz e a encaminha ao pai, honrando-o, fazendo a conexão da criança com o pai, permitindo que o masculino a conduza para a vida.
O primeiro sucesso é o nascimento, o segundo é tomar o pai, que a fará nascer uma segunda vez, para a vida social.
Por isso devemos estar a esquerda do pai sempre, pois quem lidera deve permanecer a nossa direita. Essa orientação de colocarmos o pai a direita e a mãe a esquerda é por seguirmos a tradição judaico cristã, sociedade patriarcal onde o masculino lidera, e quem lidera fica a direita.
Olinda retoma a fala sobre o corpo de dor da mulher para com o homem, como memórias coletivas de acontecimentos. Outrora as mulheres movidas pelas percepções hormonais da TPM eram queimadas na fogueira, como bruxas, pelos homens.
Posteriormente os homens foram mandados a guerra, onde muitos perderam a vida, saíram feridos. Ainda hoje se percebe esse distanciamento, essa orfandade, pois os homens estão na guerra, estão longe energeticamente.
Olinda orienta as mulheres a trazerem de volta esse homem, esse pai, esse marido para casa, dizendo: "Eu sinto muito! Eu estava tão zangada por você me mandar para a fogueira por causa dos hormônios que te mandei para a guerra".
Precisamos trabalhar para mudar o futuro que já está pronto, pois o criamos no dia-a-dia nas pequenas ações, pois o Universo diz sim a tudo que fazemos. Para despertar a consciência de que não existem os outros, mas o nós, Olinda Guedes indica o filme “Quem somos nós”.
Na quarta aula refletimos o que é preciso considerar nos princípios sistêmicos dentro de um contexto. No casamento, por exemplo, para ter êxito é necessário que a pessoa, enquanto filho e filha, seccione com a família de origem, pais, irmãos. É preciso certo distanciamento emocional para seguir sua nova vida. Na relação da pessoa com o seu filho e com o seu pai, no papel de mãe e filha, é preciso discernimento diante de uma situação, em que a Lei da Ordem não poderá ser seguida ao pé da letra, é preciso maturidade.
É preciso contextualizar e deixar os mitos para trás.
A constelação pode ser conduzida por meio de imagens internas, construídas por meio da condução verbal, hipnótica verbal, também por meio de elementos externos com recursos materiais. A constelação é fundamentada na Gestalt terapia, que é olhar para dentro e olhar para fora, como imagem de fundo, e ir reorganizando.
Por isso Olinda diz que um método não é melhor ou pior que o outro, todos acessam o campo. Porém, existem métodos que tocam mais o coração do cliente, por isso é importante conhecer recursos para buscar mais qualidade nos atendimentos.
