Retrato de Mãe
Debruçada ao berço
Do filho esperado
Sentido o balado
E forte batido
Que vem de seu ventre
Do filho querido,
Não está nascido,
Mas já é amado.
Ao nascer, desperta
Emoção, carinho
Seus braços são ninhos
Que acolhe o rebento
Desse corpo seu,
Vem pra seu sustento,
Amor, alimento,
Não está sozinho.
À noite acorda
Com o filho chorando,
Desperta cantando,
Lhe dando os braços,
Pois essa ternura
Os une num laço
E não há cansaço
No mundo encontrado.
Se a caminhada
Da vida os separa
A mãe sempre fala
Do seu filho amado,
Reúne os sentidos
De estar ao seu lado
Pra ela não é fardo,
Só amor exala.
Ninguém nesse mundo
Chega a natureza
Sem ter, com certeza
Esse ser divino,
O Pai precisou
Para o Deus Menino
Completando o destino,
Essa tal riqueza.
(Maria Luísa Alves)
Professora em Beberibe/Ceará