A cultura humana sempre incentivou o homem a crer que é o centro do Universo. Tanto livros sagrados, como ideias profanas venderam esse peixe por séculos, milênios e eras.
E o pior é que o homem acreditou. Investiu tudo o que tinha no seu pequeno e imaturo ego. Não vou fazer apologia contra o ego não, sabemos que ele é fundamental, mas tudo é fundamental na vida e está aqui apenas para cumprir um papel único e exclusivo.
Também é certo que por sermos únicos, somos especiais, mas isso não nos faz melhores ou piores que os outros, sejam esses outros homens, animais, plantas, minerais ou sintéticos. Cada reino é único e fundamental. Portanto, todos são especiais.
Mas, essa triste mania chegou as raias do absurdo, levando o homem a sentir-se soberano sobre seus iguais e inventando seu próprio Deus, uma coisinha chamada matéria.
E por que isso acontece? Porque em essência o homem desconhece seu próprio Universo, a imensa riqueza que traz dentro de si, os meandros do seu próprio rio interno, que percorre cada veia, cada célula, enfim sua alma (ou outro nome que se queira dar).
E nesse reino podemos ser soberanos. Um Universo a ser descoberto, sem réplicas, sem cópias, unicamente um. Então, ser o centro do seu próprio Universo não requer ego algum, ele vai participar, mas não mais o como anfitrião ou dono da coisa toda. Apenas como um espectador interessado e interessante, querendo descobrir mais sobre sua própria luz e sombra, pedindo para compreender cada experiência vivida, cada memória recuperada, tudo afinal.
Porque ser o explorador de seu mundo interno é que vai lhe fazer grande e, ao mesmo tempo, nobre e rei. Mas, não sobre o outro, que vai querer por meio de seu próprio Universo conhecer o seu também.
Então, é legal entender que não somos os únicos seres vivos do Universo, que sim existe vida lá fora, que existem outras culturas aqui dentro (e que respeito é bom e todo mundo gosta), que podemos ser únicos sem sermos egoístas, que o amor é um aprendizado que começa dentro da gente e mais um monte de coisas super legais que podemos descobrir e resgatar se tivermos consciência que "nosso umbigo é lindo, mas o Universo não gira em torno dele".