Um dia eu estava muito chateada.
Minha mãe falou: pense bem, minha filha, há muito sofrimento neste mundo.
Então, eu fiquei assim meio sem palavras. Foi como se uma nuvem passasse na frente daquele sol tão quente. Veio uma sensação de paz, de não preciso brigar, nem pular, nem socar.
Minha mãe assava pão no fogão à lenha. Ela colocava uma tampa de lata com brasa sobre a panela. Tínhamos pão delicioso 2 ou 3 vezes por semana. Bem, para mim, era todo dia.
Comigo ficava a responsabilidade de fazer manteiga. Você sabe como fazer ? Eu não vou falar agora. Não é fácil não.
Quanto mais eu suava, mais eu pensava em minha mãe e na gostosura do pão que ela preparava. Eu suportava mesmo, porque pensava no futuro, nas delícias do futuro.
Em se tratando de sentimentos é assim também: toma forma o que você nutre. Nasce o que está semeado.
Estou falando de tudo. Até da raiva.
Se você nutrir a compaixão, nunca mais nascerá essa sementinha. Ela ficará ali. Não morre não.
Qualquer adubo, digo, qualquer ataque de ego, de vitimosidade ela surge exuberante, forte, feito um cactus do sertão desvalido de chuva.
Portanto, orai e vigiai.
Ou vá pescar. Também ajuda. Plantar flores, lavar louças, tomar banho, cuidar de cachorro doente. Qualquer coisa boa desperta estados emocionais positivos. Eu garanto. Tudo o que envolver o exercício da compaixão desperta estados melhores ainda.
Boa sorte!
Quero dizer: muito amor e paz para sua pessoa.
OLINDA GUEDES é mãe da Nina Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras.
Sempre carrega no carro um saco de ração para tratar de cães abandonados.
Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.
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