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SER CONGRUENTE NA VIDA

SER CONGRUENTE NA VIDA
Márcia Regina Valderamos
dez. 15 - 5 min de leitura
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No dia a dia, nos embates da vida nessa sociedade capitalista e predatória, como sempre diz nossa amada Mestra Olinda Guedes, não nos permite quase nunca lembramos da nossa criança interior, do nosso mais profundo ser.

As necessidades da nossa essência nem são levadas em consideração, pois temos contas para pagar, compromissos a cumprir, prazos e normas para serem respeitados. Em detrimento as nossos chamados internos, bem como os dos nossos entes queridos com quem convivemos, vamos atropelando os nossos e os sentimentos de todos. Mal nos damos conta do estrago que vamos fazendo em nós e a nossa volta no intuito de “cumprir as normas."

A “boa consciência" que, por amor cego, por lealdade, nos leva para bem distantes de nós mesmos.

Fazer.

Ter.

Executar.

São os verbos mais usados, juntamente com o “eu não consigo“: não consigo fazer diferente, não consigo ser, não consigo entender, nem quero ver porque não consigo entender. Assim vamos fugindo de nós e dos demais, nos iludindo que estamos fazendo o melhor por não confrontar os sofrimentos.

Só empurrando com a barriga, escondendo a sujeira para debaixo do tapete. 

Como aprendemos no módulo 6 do Curso de Formação Real em Constelações Sistêmicas, os entraves da vida, as mínimas coisas que nos acontecessem diariamente, não nos matam, mas atrapalham a nossa felicidade, nosso prazer de viver e precisam ser reconhecidas por nós, levadas a sério, caso contrário aquilo, como tudo no sistema, vai ficar procurando uma forma de se mostrar, de ser visto, para ser ressignificado , curado em algum momento e em alguém que virá na geração seguinte a nossa.

Afinal, estamos sempre todos a serviço de algo maior.  Por muitas  gerações reverberam essas carências . A vida exige reparação, compensação e respeito as regras de pertencimento, equilíbrio e ordem hierárquica.

A alma humana é solo sagrado. Nossas palavras e atitudes devem ser congruentes e cuidadosas. 

Quando, por exemplo, somos vítimas de uma injustiça e nada fazemos a não ser chorar, nos lamentar e deixar para lá, não estamos sendo protagonistas da nossa vida, da nossa história.

Devemos lembrar  que depois dos 18 anos temos condições de lutar por nós, nos defendermos de predadores, cerceadores. Se, ao contrário, de alguma maneira exigirmos reparação pública por parte daquele que nos foi injusto, estaremos trabalhando para a nossa e para a cura do sistema.

Se nada fizermos a respeito, a cada nova mínima semelhança de qualquer estímulo toda a sujeira escondida virá a tona novamente e nos fará reviver todo aquele corpo de dor e faremos mais pessoas ao nosso redor sofrerem. Tudo pode piorar a ponto de se tornar em nós mesmos ou em algum dos nossos descendentes coisas muito graves e as vezes fatais.

Portanto, quando doer, precisamos olhar para nossa criança interior, dar-lhe a devida atenção, ter respeito para com a sua dor e jamais dizer que é besteira, bobagem, seja lá o que for que esteja sentindo.

Se alguém nos feriu precisamos enxergar: o que em nós foi tocado na nossa alma com esse gesto? Precisamos saber, olhar, aceitar como é, dizer o quanto sentimos que seja assim, o quanto somos gratos pela oportunidade de podermos ver e ressignificar, curando nossas feridas internas e o nosso sistema.

Tudo e todos importam! Em nós e em Tudo e todos merecem respeito profundo.

Não vamos mais deixar as coisas para lá não.

De nossa parte, podemos agir de modo mais sistêmico e empático, sempre nos perguntar se aquela nossa ação, aquele nosso falar seria bom se estivesse sendo feito por outro a nós mesmos.

Para que não passemos por sobre nós e sobre os outros como se fôssemos rolos compressores matando criatividades, potencialidades, tirando a paz, a motivação, o incentivo e a alegria de viver.

Mesmo quando precisamos impor limites, cumprir regras e delimitar espaços creio que seja possível fazê-lo com respeito ao ser humano que todos somos, sempre lembrando que o que aprendemos na Escola Real, nos Saberes Sistêmicos com Olinda Guedes é que Pensamento, Constelações Sistêmicas devem ser estilo de vida.

Mesmo quando acharmos que o outro não vai ver, não vai saber o que estamos fazendo, dizendo, devemos lembrar que NO CAMPO TUDO REVERBERA. O CAMPO TUDO SABE.

Errar é humano sim, mas olhar para o erro, reconhecer e se retratar, se redimir, ressignificar, é nossa obrigação como seres sistêmicos e honestos. 

Congruência entre o que diz e o que faz: aprendo isso com OLINDA GUEDES. Todos ao seu redor sabem que é assim que devemos agir, mesmo que não sejamos tão amados como antes.

 


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