Ser mãe não é romântico. Não é um conto de fadas e está bem longe de ser como nos comerciais de fralda pampers. Em que aparece um bebê dormindo tranquilo e sequinho.
Eles, os bebês, acordam muitas, infinitas vezes por noite. Quando recém nascidos e até maiores não desgrudam do peito. E isso causa um cansaço extremo para mãe, que durante 9 meses precisou de energia para que o bebê se desenvolvesse e que após o parto passa a ser sugada incessantemente.
Ser mãe, é ter uma incumbência que vai além das capacidades que talvez pensaríamos que teríamos.
É se desdobrar porque sabemos que alguém vulnerável precisa da gente. É mesmo sem ter forças, vencer os maiores gigantes internos e externos.
Eu, venci um gigante! Um câncer! O que me fez vencer?
Ah, com certeza a maternidade foi o motivo real da minha luta pela vida. Pelo meu filho enfrentei o maior desafio e mais aterrorizante que havia enfrentado.
Ser mãe, é abrir mão da própria intimidade, vontade, necessidade, para cuidar de um outro ser.
Ser mãe, é deixar de comer, levar os cabelos, fazer cocô, e ser interrompida nessas atividades também.
É desenvolver habilidades para atender às necessidades deles. É cozinhar mais de um prato para que eles se alimentem!
É amar, incondicionalmente sem medida. Um amor que cresce e que pode ser multiplicado. Um amor, com várias facetas.
Ser mãe, é uma missão! Um ofício! Que por mais dificuldades e limitações que possa se encontrar, é o único ofício que eu não abriria mão!
É o único que me fez voltar da sombra da morte para me reencontrar com ele. Por mais sonhos e objetivos que eu tivesse, o único que ficou gravado na minha mente e coração era: quero ver meu filho crescer. Quero que meu filho tenha a mãe por perto!
Meu filho, me trouxe o sentido da vida no momento em que para mim ela já não fazia mais sentido. Por ele, eu enfrentaria quantos gigantes fosse necessário!
Eu jamais trocaria a minha vida atual de mãe pela vida anterior a isso. Ser mãe não se resume a isso, é muito mais do que essas linhas dizem.
Ah, e nós somos tudo isso, todos os dias do ano!
E se por acaso, você não conseguiu exercê-la, você não merece ser julgada, afinal ninguém dá o que não teve.