Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

SIGA O PROTOCOLO: QUESTÃO DE VIDA OU MORTE?

SIGA O PROTOCOLO: QUESTÃO DE VIDA OU MORTE?
Simone Belkis
mar. 23 - 4 min de leitura
020

Uma pessoa me perguntou como eu estava agindo em relação aos protocolos de proteção da Covid  porque, segundo ela, estava seguindo a vida normalmente e nada lhe havia passado e que havia muito exagero, inclusive com prefeituras proibindo a venda de determinados produtos (mas, essa parte só fui entender depois de pesquisar na internet). 

Eu lhe respondi que estou procurando respeitar o máximo possível, já que meu pai fora vítima do vírus e minha mãe ainda está se recuperando das sequelas.

Isso me fez pensar sobre os critérios e o livre-arbítrio de cada um de nós.

Quando o vírus começou a circular pelo mundo, assim como a maioria, eu achei que fosse mais um igual a todos os outros que já tínhamos ouvido falar. Depois, diante da realidade da coisa, eu passei a seguir os protocolos da melhor forma que consegui. Admito que não conseguia ser tão zelosa quanto deveria.

Eu senti mais medo por meus pais do que por mim, mesmo depois de ter tido o teste confirmado. E minha visão sobre a situação mudou com a perda de meu pai. Não que antes estivesse alheia, mas confesso, era-me  algo distante.

Cada um de nós viverá esse evento de acordo com seu ponto de vista, seu contexto e sua realidade.  Mesmo aqueles que estão seguindo os protocolos ao máximo por respeito a seus próximos, ainda assim, o farão porque é nisso que acreditam. Mas, é interessante observar que nem mesmo o risco real de morte pode ser capaz de dissuadir alguém de seus hábitos entranhados e seus conceitos tacanhos.

Todos temos nossas opiniões, e embora uma boa parte deixe por conta de terceiros decisões maiores que tocam nossos interesses indiretos, quando se trata de si mesmo, nem mesmo as evidências são tão convincentes.

Isso é livre-arbítrio, é você escolhendo, acima de tudo, seguir os critérios estabelecidos por seus valores pessoais, que nem sempre foram criados pela sua própria capacidade e discernimento, mas que segue sem nem ao menos pestanejar.

Mas, onde termina o nosso direito de livre escolha começa a responsabilidade pela vida, minha, sua e de outros. Isso é coisa muito séria. O desvio de uma conduta protocolar pode ser a sentença de morte e uma aquisição de Karma, que vem mesmo para quem não acredita nele.

Eu me pergunto quais são os critérios escolhidos por cada um no enfrentamento ou não de uma doença que tira vidas como quem troca de roupa. E por mais absurdo que possa parecer, nós ainda nos damos o direito de fazer escolhas que possam aparentemente (ou não) nos livrar ou condenar a males maiores.

Eu me dei conta e foi isso que respondi a ela, que estava buscando um caminho do meio, sem neuras e  sem relaxar demais. Mas, pensando bem, até isso é relativo, porque o conceito de não ter neuras ou  não relaxar depende do ponto de vista de cada um.

O fato é que com o tipo de mentalidade típica que temos observado, os critérios serão decididos pessoalmente de acordo com os conceitos, interesses e boa vontade de cada um. Sendo assim, eu acredito que nos resta apenas seguir fazendo o que é o certo (que aliás, pode ser o errado). Dissuadir as pessoas pode ser como um tiro saindo pela culatra. Mas, eu ainda, por acreditar em algo maior, penso que estaremos fazendo a nossa parte e que isso deve ser o suficiente para cada um de nós, já que a vida é exatamente assim, você só precisa fazer o suficiente.

No mais, é pedir aos céus  discernimento, clareza e muita, mais muita fé, esperança e paciência.

Apenas pense, a longo prazo, o que valerá mais, sua vida ou sua  falsa liberdade?


Denunciar publicação
    020

    Indicados para você


    Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica

    Verifique as políticas de Privacidade e Termos de uso

    A Squid é uma empresa LWSA.
    Todos os direitos reservados.