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ORDENS DA AJUDA: AJUDAR SEM TOMAR PARA SI

ORDENS DA AJUDA: AJUDAR SEM TOMAR PARA SI
Roseli Judith da Silva
jan. 4 - 5 min de leitura
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O módulo 8 é a conclusão desse estudo maravilhoso sobre as constelações sistêmicas. É emocionante saber o quanto foi apreendido até chegar a este momento.

A aula 1 do módulo 8 trata sobre as ordens da ajuda.

São 5 ordens que nos dão uma métrica de como nos nortearmos nas constelações, respeitando a condução dessa intervenção sem invadir a realidade do cliente.

A primeira ordem da ajuda

Ensina que você só pode dar aquilo que você tem e você só pode tomar aquilo que você precisa. Consiste em compreender que não se pode dar o que não se tem nem tomar o que não se necessita. A constelação é exclusiva para quem está constelando, não pode ser realizada com o objetivo de alterar o comportamento de outrem.

É importante esclarecer ao cliente que se ele mudar seu ponto de vista, isso irá refletir nas pessoas a sua volta, fazendo com que ele deixe de se abalar com as atitudes dos outros, críticas e/ou maus tratos. Para se liberar de velhos padrões, deve abrir mão de conceitos antigos, de tentar ver no outro os problemas. É necessário ver o que causa toxidade nestes relacionamentos e deixar de consumir esses relacionamentos problemáticos.

A segunda ordem da ajuda

Diz que tomar a realidade como a realidade é, ver o contexto geral, considerar o todo e não somente a visão do cliente, analisando as circunstâncias e quais os sofrimentos do sistema.

As vezes a queixa do cliente está demonstrando uma situação de “má culpa” por acreditar que está em dívida com a pessoa que o está causando esse sofrimento. Assim que considera esses fatos, consegue sintonizar com a cura. Deve pesquisar todo o contexto, pois as circunstâncias do indivíduo dizem respeito a missão que vieram exercer no mundo. Então a pessoa traz uma série de informações pessoais e sistêmicas, e emaranhamentos com relação aos demais familiares.

A terceira ordem da ajuda

Diz para tratar o outro como adulto. Respeitar o outro como adulto significa respeitar a integridade do indivíduo, sua capacidade de encontrar a solução para suas questões internas e externas e de se responsabilizar com a própria existência.

Uma relação respeitosa tem seus limites, não gera dependência e não perde o foco que no caso do terapeuta e do cliente, é a cura. Tanto terapeuta quanto cliente são iguais. É essencial não perder esse nível de igualdade, não deve de forma alguma se colocar numa posição de superioridade com relação ao cliente.

A quarta ordem da ajuda

Ensina que quando ouvir a queixa do cliente, deve observar o histórico dos antepassados, não ficando somente na situação atual dele. Constelar a queixa do cliente dentro do sistema e não isoladamente, se colocar com profundo respeito pelo cliente e pelo seu sistema. Não existe certo ou errado nesta relação. Apenas visualizar o cliente como parte do todo e que cada qual agiu como deveria, naquele momento.

Se colocar ao lado de quem, contra quem se tem uma queixa (Olinda Guedes).

Cada qual tem seu ponto de vista, cada qual teve uma motivação para agir. Fazer parte de uma família muitas vezes é bastante sofrido para o cliente, contudo, é nesse contexto familiar que ele encontrará as respostas necessárias para compreensão da sua existência.

Lembrar que é necessário ter empatia com o cliente e com seu sistema, pois não se encontra cura num sistema que é criticado, humilhado ou ignorado pelos seus descendentes.

A quinta ordem da ajuda

Fala que você só pode ajudar alguém quando você não julgar nem criticar essa pessoa. Não se ajuda quem não se respeita, quem se julga.

Se a questão do cliente for além do que o terapeuta suporta como algo a colocar em seu coração, sem julgamento, ele deve se reservar.

Para unir o que estava separado, para reconciliar, não se deve tecer julgamentos. É dando um lugar no coração que consegue agir. Mesmo que aparentemente aquele ato foi errado, somente trazendo para luz é que irá sintonizar com a cura.

Sinceramente, não sei como agiria numa situação assim. Acredito que dependerá muito da motivação da pessoa que busca o tratamento.

Meu marido é advogado criminalista. Ele constantemente me diz que se dependesse da minha opinião, nenhum cliente alcançaria a liberdade. Não posso afirmar o que de fato se sucederia, mas me posiciono diante da vida, assim como a mestra Olinda Guedes frisou nesta aula.

Sendo de origem cristã, acredito que é certo quando a Bíblia Sagrada nos coloca a máxima “não julgueis porque com a mesma medida que julgardes, sereis julgados.”

Assim, vamos vencendo mais uma etapa rumo a Formação em Constelação Sistêmica. Agora é rever todo esse estudo e assim que obtiver a certificação, começar a atender.

Peço a Deus que meu coração seja um cálice transbordante de amor e que cumpra essa missão com todo zelo.

Que assim como tive tantas respostas e cura para as dores da minha alma, eu possa ajudar as pessoas nos seus caminhos de cura.

Como diz nossa amada professora, um abraço feliz e florido a todos!

Carinhosamente,

Roseli

 


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