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Sintomas e doenças: Leitura corporal

Sintomas e doenças: Leitura corporal
Maria Helena Wantroba
jun. 20 - 10 min de leitura
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FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS FAMiLIARES E ORGANIZACIONAIS SEGUNDO BERT HELLINGER

Conteúdo autoria: Olinda Guedes

Realizado em Guarapuava em 14 e 15/06/19

Todo o nosso corpo tem memórias. Todo o corpo fala. A cabeça fala da lógica, da razão, do bom senso, da justiça e da temperança. Sintoma ligados à cabeça, apontam para dinâmicas sobre insegurança, sobre a lógica da vida. Pescoço – controle sobre a realidade. Aquilo que sinto pode ser mostrado? O nosso pescoço cuida do controle narcisista da realidade. O que mantém a cabeça erguida é o pescoço, portanto é natural que a pessoa com fobia social apresente sintomas no pescoço. O controle e a sobrecarga física no pescoço ou dores de garganta, indicam uma dinâmica de conflito entre aquilo que sinto e aquilo que devo e posso expressar. É comum, quando as crianças estão aprendendo sobre proibições, apresentarem dores de garganta. Quanto mais repressivo o sistema, mais as crianças têm dor de garganta.

Nos ombros, experimentamos as expectativas das figuras parentais. Figura parental do sexo oposto, ombro direito das mulheres, mostra as memórias que vem do pai. Quando não estamos reconciliados com tudo aquilo que vem com a figura do sexo oposto, experimentamos disfunções do ombro direito. Ombro esquerdo, mostra relação com a figura parental do mesmo sexo. Para a mulher, toda a relação com a mãe e todo o sistema materno.

As costas têm a memória com tudo o que está escondido no passado como as traições e conflitos entre homens e mulheres; as tristezas nos pulmões; dificuldade conjugal e segurança, nos rins. Temos também a sensação de poder e sustentação, ligados à nossa coluna. Mostram as memórias da nossa relação mais antiga com nossos antepassados, do excesso de responsabilidade, permissão de experimentar prazer pela vida. Conflitos do pensar e sentir, permissão para desfrutar.

Frente do corpo – tudo aquilo que está diante de nós agora. O coração processa o afeto. O fígado, a relação de amor e ódio pelos pais. O estômago, é o que precisa ser incluído. Todas as disfunções no estômago, pedem o movimento da inclusão. O estômago é o lugar onde os excluídos podem ser incluídos. O intestino traz as memórias primárias, as da relação com a mãe. O sistema reprodutor, o quanto é seguro a vida seguir adiante, as memórias de vitalidade e prazer de viver. As pernas mostram nossa memória de estrutura, sustentação da autonomia. Os joelhos, as memórias de sentir-se honrado ou humilhado no sistema, portanto, problemas no joelho, apontam para a dinâmica do medo e da perda e humilhação. Nossos pés, trazem a primazia das escolhas, direção de objetivos. O modo como caminhamos, mostra se estamos livres ou freando. Também carregam a permissão de avançar, de movimentar-se. Nossas pernas e pés estão diretamente relacionados à figura do pai, à condição do masculino, do arquétipo do guerreiro. Basta olhar para a sola do calçado, quando a parte de trás está mais gasta, isto aponta para ir para o passado... algo que está freando. Quando é a parte da frente que gasta mais, a dinâmica é: “eu caminhar pela vida como uma criança”. Mostra uma ausência da presença dos pais na infância. O que equilibra o caminhar, é a presença segura dos pais. Os braços são a memória do fazer, conduzir para a realização. As mãos, a memória do fazer acontecer, segurar os recursos de fazer algo incrível com eles. A memória criativa está nas mãos. A memória do “não faça”, está nos pés. Todo sintoma traz uma dinâmica própria. Reumatismo traz a dinâmica da raiva no sistema. No indivíduo onde a articulação do tornozelo é afetada, simboliza raiva por não poder confiar nas próprias escolhas.

Na articulação da cervical, é uma indignação por não poder mostrar todo o seu talento, seu sentir. A dinâmica das inflamações é sempre a raiva (no sistema).

A bursite é uma raiva contra aquilo que vem do sistema do pai ou da mãe.

A dinâmica da tosse, é algo que precisa ser falado. Tem algo que não pode ser falado agora. Quem precisa ser incluído?

Hipertensão – tem alguém que eu não posso ou não devo amar. Esse alguém normalmente é uma figura parental. Amor contido que não devia fluir para alguém.

Vertigens são: “Querida mamãe, me carregue nos seus braços”.

Sintomas visuais, consistem em um conflito entre realidade externa e realidade interna.

Miopia é o medo do futuro, portanto a miopia é considerada uma condição natural de quem tem mais aniversários. Vista cansada, o futuro não me anima, é incerto. Hipermetropia diz respeito àquilo que está tão perto de mim e me apavora. É muito comum pessoas que fazem correção de miopia, terem vontade de viajar longe, como se o futuro voltasse a ser brilhante, claro, nítido e atraente. Catarata: “estou apagando a minha conexão com o mundo. O que eu vi até agora, me entristece, eu puxo a cortina.

Acidentes, fraturas mostram a dinâmica de “eu quero, mas não cedo” ou “eu quebro, mas não cedo”.

Hemorragia – choro profundo do sistema. O sangue representa a nossa energia vital, não temos o suficiente para viver. Memória de privação de alimento no sistema.

Durante a gestação, quando uma mulher apresenta anemia, ela está restaurando a privação de alimento no sistema.

As doenças de pele falam do contato ou da falta de contato. A psoríase mostra a dinâmica da ansiedade. Quando se tranquiliza, o sintoma diminui, e tranquilidade tem a ver com o colo da mãe. É necessário resgatar a memória da mãe “lambendo sua cria”.

Os alérgicos mostram dinâmicas de conflitos crônicos no sistema. As doenças da boca apontam para o primeiro contato com o amor da mãe.

A dor nos cotovelos, representam nossa defesa, nosso escudo, o que está sendo ameaçado, memória de luta.

Refluxo, mostra a dinâmica: “eu não vou dar um lugar pra isso”

Roer unhas: alguém precisa ser incluído.

Coração disparado: o sistema está inseguro.

Ouvido: o que eu percebo de fora é harmonioso? As palavras ditas me abençoam ou me ferem? Nossas orelhas são nossas antenas, é através delas que captamos os sinais. A dor de ouvido diz respeito à energia do ambiente. É através do som dos ouvidos que percebemos o estágio de consciência do sistema. O zumbido mostra a amplificação da consciência, do eu para o todo. São saltos quânticos.

Um sintoma é um sinal de um movimento interno de NÃO, de não aceitação, não concordar, é sinal de movimento de desordem perante a vida. Normalmente um sintoma pede uma reverência perante os pais, um filho que se confronta com os pais, se castigará por isso. Quem briga com pai e mãe, perde na vida, aquele que vem depois não tem direito de triunfar perante o antepassado. Triunfo aqui é: “Eu melhor que você”. Quando experimentamos isso perante nossos pais, adoecemos. Portanto, quando não nos tornamos humildes perante nossos pais, precisamos nos tornar perante uma doença. Querer combater uma doença a qualquer preço é o mesmo.

O movimento que cura é “aceitação, concordar como foi”. Existe 3 dinâmicas em doenças graves, acidentes, suicídios e homicídios nas famílias.

A 1ª dinâmica é “Eu sigo você”.

A 2ª Dinâmica é “Eu vou no seu lugar”, que induz a doenças graves, suicídios e homicídios. Em crianças com doenças graves, a dinâmica é “Queridos pais, eu faço tudo por vocês.”

A 3ª dinâmica é a expiação de uma culpa, nesse caso, a ideia é que através do próprio sofrimento, pode-se evitar outro sofrimento. “Com a minha morte, eu evito outra morte.” Essa é uma ideia mágica, mas quando realmente me fiz culpado perante aquela pessoa? Para quem eu causei um dano?  Se eu olhar nos olhos, eu jamais posso fazer isso. A compensação só é válida em outro nível, no nível da boa culpa. A boa culpa libera, fortalece, atua de maneira reconciliadora para aquele que causou um dano e para aquele que sofreu um dano.

As doenças apenas mostram caminhos onde o amor foi ferido. As doenças, as mortes, são apenas uma tentativa da alma para que o amor volte a fluir. A doença também é uma expiação pela recusa da honra. Triunfar sobre os pais e antepassados, custa muito menos que curvar-se diante deles. No caso do câncer, podemos ver essa dinâmica: “Eu não me rendo”, quando o indivíduo não consegue curvar-se diante dos pais. Essa dinâmica também é vista na obesidade, onde ao invés de dar lugar na alma, dá-se um lugar no corpo, ao invés de dar seu coração, mesmo que isto custe sua vida e sua saúde. Portanto, uma doença é sempre benéfica para a alma, sempre tem um impulso curativo.

As doenças graves ou crônicas, mostram que naquela família existe uma urgência do destino. Então a paz e a reconciliação são os movimentos que curam, mas a doença sempre remete a uma mudança. Doenças são processos de cura para a alma, mesmo que o corpo físico não possa se recuperar, a alma pode ser totalmente curada.

 

#livronovo #averdadesobreosofrimentohumano #olindaguedes


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