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Solidão: Quem tem medo dela?

Solidão: Quem tem medo dela?
Simone Belkis
out. 27 - 3 min de leitura
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Essa palavra vem do Latim SOLUS, “estar apenas consigo mesmo”. Ela se refere apenas a este fato, não tem ligação com sofrimento. (Referência:www.origemdapalavra.com.br)

Eu estava agora mesmo assistindo uma palestra que faz referência a origem da palavra solidão, que segundo o palestrante significa: estar só consigo. Ele coloca que a palavra consigo foi suprimida, fazendo que a busca pelos grupos favorecesse um sistema onde seguimos uns aos outros, tornando-nos apenas isso, seguidores de ideias, dogmas e verdades alheias e convenientes.

Em um mundo onde estar só significa um fracasso pessoal, torna-se muito difícil o conhecimento de si mesmo, pois que não se tem tempo para olhar nosso interior e descobrir o vasto infinito que é ser um indivíduo. A coletividade tem prestado um falso papel, pois que basta observar como essa mesma coletividade não atende as necessidades básicas do seu próprio sistema.

Muitos poderão afirmar que é justamente o pensar só em si mesmo que tem levado o todo ao fundo. Mas, que fique claro, não se está falando de individualismo e sim de individualidade. A busca pelo autoconhecimento é o verdadeiro desafio a ser vencido em qualquer plano, seja emocional, intelectual, político, enfim. Pois que não se nasce exclusivo apenas para seguir como rebanho. A tecnologia Divina não criou um ser incrível apenas para ser um seguidor, por medo da solidão.

O que tem sido a solidão e por que temê-la?

Essa falácia começa muito cedo, quando ainda na primeira infância, dependemos das referências externas para nos reconhecermos. Embora, isso nem dure tanto tempo, já que o próprio ego infantil concentra-se em ver-se como o todo primeiro, e só depois perceber-se separado. Nós começamos a vida centrados em nós mesmos, mas o sistema trata logo de fazer disso um pecado fatal. A própria biologia nos leva para nós mesmos, e está aí o instinto de sobrevivência ferrenho que não me deixa mentir.

Mas, a falsa ideia de solidão vai mais longe, o verdadeiro e real motivo é o não suportar olhar para dentro, pois que como costumo dizer: "- Para se chegar ao silêncio do Divino é preciso atravessar a fogueira das emoções". Ou seja, é preciso enfrentar os falsos demônios colocados na entrada das portas de si mesmo. Onde a não aceitação, as regras, as leis e as ordens parecem existir apenas para controlar o ser livre e inteligente.

Hão de se levantar contra aqueles que acreditam que o ego é perigoso e apenas negativo, sem perceber que precisamos ter uma referência interna e que o único mal que aflige o ser humano é o fato de não ser perfeito. O papel da ideia de que solidão é sofrimento é uma arma conveniente para um sistema controlador, que precisa manter a individualidade como inimiga número 1, já que o pensar com a própria cabeça, questionar o vigente, interpretar o mundo exige o ser único, o estar consigo mesmo.

A ideia de ser um indivíduo pode parecer assustadora, pois que não estamos acostumados e nem somos incentivados a questionar. Não há um interesse real em que sejamos nós mesmos, isso seria o fim do sistema.

Mas, também seria o fim da mentira que a coletividade criou para manter-se com o título de humanidade.

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