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Módulo 2- Conceito sistêmico de lealdade- "Somos um fio de um grande tecido"

Módulo 2- Conceito sistêmico de lealdade-  "Somos um fio de um grande tecido"
Claudia Camargo Fernandes
set. 10 - 3 min de leitura
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Toda família é diferente, tem seus desafios e suas dores. Fazer terapia é uma forma de livrar todos de emaranhamentos, que são situações e sentimentos desproporcionais ao contexto. Quatro gerações fazendo terapias sistêmicas ajudarão futuros descendentes a ficarem livres de emaranhamentos e terem uma vida mais feliz. Antepassados também se beneficiarão, se libertarão.

Ninguém é feliz sozinho, por isso agimos com lealdade dentro do sistema, mesmo que não estejamos felizes, as pessoas inconscientemente seguem o mandato do bando, não contrariando, para não ficarem excluídas. 

Para sairmos de emaranhamentos precisamos curar nossas lealdades, ou seja, obedecer na medida do possível, decidirmos no que acreditar, nos  libertarmos das memórias de dor e crenças dos antepassados. Sermos gratos mas não seguir com o mesmo problema, honrarmos, sabermos que tudo está certo, porém termos consciência, compreendermos, constelarmos e nos libertarmos.

Felicidade é mudar o mapa mental, mudar a estratégia, decidirmos seguindo uma rota que aqueça o coração.

Nas constelações familiares sabemos que os obstáculos existem, mas quando temos uma postura sistêmica, enxergamos possibilidades e oportunidades. Podemos notar que normalmente após grandes perigos, guerras e pandemias ocorrem grandes avanços e desenvolvimentos.

Por que as pessoas não vivem felizes, não se perdoam, não se cuidam e agem de maneira inadequada? Após muito observar, Bert Hellinger percebeu uma incoerência, que as vidas das pessoas não eram condizentes as suas atitudes, vontades e desejos. Havia algo que as impedia de serem felizes. Provavelmente faltou o amor de mãe, o que fez as pessoas sentirem que não eram importantes. Conversar com o nosso coração, por meio de constelações, pode nos libertar das lealdades e vínculo de sofrimento. Um trauma não permite uma pessoa ser feliz.

O sofrimento é uma declaração de amor aos nossos antepassados e essa energia precisa ser curada. Quando uma pessoa se liberta desse vínculo, liberta muitas outras do sistema também. Quando nos curamos podemos curar o outro.

Para podermos ajudar, precisamos ter empatia, calçar as sandálias do outro, ter compaixão pelas pessoas certas. Ter amor sincero, entender, ver a razão e ser corajoso para resolver. Todo conflito tem um início e é necessário ouvir todas as partes não fazendo "cara de paisagem", mas entendendo as histórias e dizendo "Eu vejo você, eu entendo você". 

"Os sofrimentos familiares são como elos numa corrente, que se repetem de geração a geração até que  um descendente tome consciência e transforme maldição em benção" (Bert Hellinger).

 


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