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TEMAS EXISTENCIAIS: POR QUE ISSO ACONTECE COMIGO?

TEMAS EXISTENCIAIS: POR QUE ISSO ACONTECE COMIGO?
Neiva Maria de Mattos
dez. 15 - 6 min de leitura
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Segundo a Mestra Olinda Guedes, “Os temas existenciais acontecem na vida de todos nós. Estes temas são basicamente constituídos por angústia, ansiedade e depressão”

Muitas vezes em minha vida, por pequenos sofrimentos eu me vi afirmando: Ah! Esse tipo de coisa só acontece comigo. E curiosamente, em grandes dores, como diante da morte de pessoas amadas, a reação foi de aceitação, resignação, resiliência e até mesmo ressignificação.

A lembrança desses dois tipos de comportamentos, ajudaram-me a compreender o significado dos “temas existenciais”, e também dos movimentos que curam, entre eles o “concordar” experienciado em nosso pequeno espaço de liberdade diante da vida.

Perceber que podemos nos perguntar “porque isso acontece comigo”, com o sentido de investigar, entender para curar e não com o pensamento de revolta, de quem julga não merecer tal sofrimento proporcionou-me a oportunidade de aprender a lidar com os sofrimentos rotineiros, manifestados pelos sintomas cotidianos, considerando como sintoma tudo aquilo que nos faz sofrer,  pois determinados acontecimentos recorrentes em nossa vida, por mais “normais” que possam parecer, esses fatos cotidianos também são sintomas, que apontam para algo além do aparente. Podendo também ser manifestados por sonhos e pesadelos e até revelados pela nossa preferência por determinados contos de fadas e histórias infantis.

Em uma das tarefas, a Mestra pede que leiamos, mais uma vez, o livro de sua autoria “A verdade sobre o sofrimento humano”, e eu que havia no fichamento da primeira leitura desse livro, assumido o compromisso de torná-lo uma espécie de “livro de cabeceira”, e de todas as noites retomar a leitura de pelo menos uma página desse conhecimento que, ao meu ver, deveria ser considerado de utilidade pública, neste segundo momento decidi fazer um pequeno movimento nessa direção. Criei então um “podcast” para partilhar com outras pessoas essa leitura diária que pode despertar para a busca do conhecimento e para a cura de sintomas e sofrimentos.

Uma outra tarefa consistiu em escrever sobre um conto de fadas e a dinâmica sistêmica, o que significa perceber como “a beleza dos contos de fadas mascara muitas vezes como o amor na família pode se desdobrar em repetições de destinos difíceis”.  Mas eu optei por escrever sobre as histórias infantis que eu gostava e que nem de longe poderiam ser chamadas de contos de fadas, pois eu gostava era das histórias de lobisomem, que conseguiam me deixar amedrontada e ao mesmo tempo encantada, pois tinham sempre um fio condutor que passava pela luta entre o bem e o mal, e claro que o bem sempre vencia.

Penso que essas histórias não sejam conhecidas como os clássicos da literatura infantil e universal. Acredito que estejam mais ligadas ao folclore do povo cuiabano, pois nunca ouvi na escola alguém mencionar esse tipo de narrativas. Mas o fato é que uma das que eu mais gostava tinha como personagens, um homem lutando para construir a própria casa, o lobisomem que também buscava sua moradia, trazia presente também a questão da alimentação. Quando a casa ficava pronta o homem começava a assar umas batatas e o lobisomem trazia para casa um defunto. E o que salvava a vida do ser humano era a água, pois quando ele se atirava no rio, nenhum mal vindo das trevas poderia atingi-lo.  Esse conto era engraçado, eu e meus irmãos dávamos muitas risadas quando ouvíamos ser contado pelos mais velhos, ao mesmo tempo em que era assustador, pois acreditávamos na possibilidade de numa noite de sexta-feira, com lua cheia, o dito lobisomem aparecer e carregar alguém.

Eu nem sei se faço uma correta leitura da dinâmica sistêmica dessa história, mas lembro-me da minha família lutando pela construção da nossa casa, ouvia minha mãe dizer algo parecido com: “dinheiro de aluguel não volta, aluguel come na mesa junto com a gente”, o que me faz pensar  que a casa própria foi um sonho conquistado com muito trabalho. E até hoje, vejo que a nossa família não aceita viver em casa alugada, o meu sobrinho-neto, recém completou vinte anos, mal começou a trabalhar e já tratou de adquirir um apartamento.

Vejo também a relação com o alimento, pois durante vinte e oito anos eu convivi com a obesidade sem identifica-la como um sintoma.

Encanta-me e acho até engraçada a minha paixão pela água. Amo o mar, os rios e cachoeiras. Recordo-me de quando vivi no Amazonas, ao viajar num grande barco ou numa pequena canoa, a sensação era a mesma, o medo de naufragar e ao mesmo tempo o prazer, a alegria de estar em contato com a água. Ao entrar na água para lavar roupa, banhar-me ou pescar, a alegria e o medo estavam sempre juntos.

Penso ainda que no meu sistema deve ter havido mulheres que viveram relacionamentos abusivos, pois o lobisomem é sempre um homem, o masculino, que se transforma em um animal violento.

Olhando para minha opção de vida, trabalho e missão, percebo essa constante luta entre o bem e o mal, todo o meu empenho é para que todas as pessoas tenham na vida um “final feliz”.

Passeio Barco Rio Amazônia Turismo

@neivamattos 67 9 84841233

Doutora em Educação - Diretora da Escola

Terapeuta by Olinda Guedes (constelação, massagem reparentalizadora, oficina de emagrecimento)

 

 

 


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