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TEMAS EXISTENCIAIS, SONHOS E PESADELOS

TEMAS EXISTENCIAIS, SONHOS E PESADELOS
Sandy Duwe dos Santos
dez. 29 - 5 min de leitura
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Alguns acontecimentos do passado registrados na história nos fazem compreender que muitas situações levaram nossos antepassados a mudarem suas vidas, seja por uma guerra, uma doença ou um evento traumático. 

Muitos tiveram que deixar sua pátria mãe, a família, os filhos ou até mesmo tiveram medo de não conseguir sobreviver, de não terem forças para lutar pela vida. 

Todas essas situações causam memórias traumáticas pessoais e para as futuras gerações, trazendo dores e sofrimentos, afinal, não é somente a beleza e os talentos que herdamos de nossos antepassados, mas suas memórias e traumas também, conforme estudos apresentados pela epigenética. 

Na terceira aula do módulo 6 a nossa mestra fala sobre os temas de sofrimentos existenciais que causam pequenas situações que atrapalham a vida. 

Verificando minha família e pessoas próximas a mim, percebo que muitos reclamam de dor de cabeça frequentes, depressão, ansiedade, insônia e algumas crises de pânico. 

Durante este módulo aprendemos sobre as dinâmicas destes sofrimentos e podemos observar como o feminino e masculino precisam está em equilíbrio. Por exemplo, minha mãe tem insônia crônica e já teve depressão por muitos anos. Com isso podemos ver que todos esses sintomas estão conectados com a sua história de vida.

Insônia: trata-se de um movimento inconsciente de vigilância pois sente que está em perigo, essa situação ocorreu com os nossos antepassados durante a segunda grande guerra, onde todo segundo era uma dádiva divina e o amanhã era um terreno incerto demais, a morte e a vida eram companheiras.

Depressão: durante muitos anos minha mãe teve depressão e a dinâmica desta doença é a inversão de ordem ou "mamãe onde está você?". Ocorre que minha avó materna faleceu quando minha mãe tinha 7 anos e então ela precisou trabalhar de empregada em algumas casas, recebendo responsabilidades adultas na qual seu ser ainda não estava preparado, e por muitos anos buscava sua infância feliz.

Meu pai, por sua vez, sofria muito de ansiedade, e a dinâmica desse sintoma é: “ papai cadê você?” Durante sua infância sofreu com a alienação parental onde seu relacionamento com o masculino era distante. 

Eu comecei a adquirir muitas crises de pânico durante a noite, sentia muita palpitação, ansiedade e dificuldades para respirar, principalmente quando se aproximava alguma data muito importante para minha vida. 

Com isso compreendemos na realidade o que a nossa mestra ensina “não se deve jogar a poeira para baixo do tapete, isso acumulado em mais gerações pode levar uma crise existencial ou virar algo urgente”. Para meu pai veio em forma de ansiedade aquilo que precisava ser olhado e para mim aquilo se intensificou como uma crise de pânico e bipolaridade e só consegui curar com sessões de constelações familiar, pois estava vivendo uma sobreposição entre o passado e o agora. 

Durante a aula cinco também aprendemos sobre a dinâmica dos sonhos e dos pesadelos. Os sonhos nos mostram como está nosso emocional e quais são os nossos emaranhamentos, mostra também verdades que aconteceram em outro espaço, em outra geração. 

Já os pesadelos são considerado uma situação mais grave, pois podem retratar uma lembrança pessoal ou trans geracional, levando pessoas a buscarem ajuda de profissionais. 

Os pesadelos podem ser resolvidos com intervenções mecanicistas, porém o efeito deste permanece. Por exemplo: a pessoa não tem mais pesadelos mas começa a apresentar quadros de bipolaridade ou até mesmo psicose. 

Tive alguns insights durante esta aula 5, um deles é um sonho ruim que meu pai tem desde a adolescência, onde sonha que um tanque de guerra o atropela e acorda chorando e gemendo. 

Hoje compreendo com mais clareza aquilo que o sonho dele quer expressar, a dor que ficou invisível por tanto tempo em nosso sistema. 

Por este motivo devemos ser pessoas exigentes e não nos conformar com uma vida mais ou menos, pois conforme aprendido na aula “temas existenciais ocorrem com todos pois é uma oportunidade de sermos melhores, ir além, empurrar limites e sermos protagonistas conscientes da nossa vida”.

Toda vez que você achar algum sintoma cotidiano normal, questione-se como seria a sua vida se você não tivesse aquele sintoma todos os dias. Não ache que o normal é bom... tudo aquilo que impede de vivermos uma vida feliz não é normal, é somente algo que todos já se acostumaram.

Não exija nada menos que uma vida extraordinária repleta de momentos felizes.

 


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